Artigo: As marcas da transitoriedade da vida
A canafistula se despojou de quase todas as suas folhas. O manto verde-escuro que lhe cobria, sombra para o homem e para os cavalos, desapareceu na sua imensa maioria, deixando à mostra um grande ninho de passarinho, em meio a galhos retorcidos para todas as direções, linhas que, de longe, lhe realçam o estado em que se encontra, um resto de folhas que teimam em não abandoná-la, retirando-lhe, por ora, a condição de cama da passarada que habita o ambiente. Tudo obra única do inverno que a afeta, anunciando o momento de enflorar na queda da vasta cabeleireira de folhas.
A renovação se anuncia. Cachos de flores amarelas surgirão, ao lado de novas folhas, para lhe adornar, outra vez, e, mais uma vez, os galhos, que ficarão cobertos de folhas, e, estas, por um lapso de tempo, estarão abafadas pela beleza do amarelo harmônico das flores, afinal, centro de todas as atenções. ..