ARTIGO - CADA UM SABE A DELÍCIA E A DOR DE SER O QUE É...
Me apropriando desse trecho da letra da canção Dom de iludir, do cantor e compositor baiano, Caetano Veloso, e ainda tomando como base esses meus longos 35 anos de serviço ativo nas fileiras da Polícia Militar da Bahia, todos, após 1986 quando fui declarado Aspirante a Oficial pela Academia da Polícia Militar da Bahia, após concluir o nível superior em Formação de Oficiais, hoje Bacharel em Segurança Pública, exercidos no “front” operacional, no combate ao crime e no exercício da proteção a vida e o patrimônio material dos cidadãos baianos, mesmo com risco da minha vida, como está explícito no nosso juramento, a todo instante me surpreendo a perguntar o que um homem e/ou uma mulher, pensa quando faz a opção de ingressar nas corporações policiais militares, se na delícia ou na dor de fazer parte dela.
Nós policiais militares, vivemos num ambiente em que parte da sociedade, muito influenciada por setores da imprensa que insistem em Diariamente, a cada ação dos nosso profissionais nas ruas, procurar exaltar apenas as falhas ou mazelas, além de tentar incutir no olhar coletivo que somos Seres de capacidade intelectual diminuta, numa análise feita por “especialistas” de Segurança Pública, desconhecedores da nossa estrutura institucional e da capacidade do nosso capital humano, “especialistas” esses, forjados numa teoria adquirida nos bancos acadêmicos, sob o conforto do ar condicionado, sem sequer se dar ao cuidado de analisar que, naquela ação tem como parte um fator preponderante: a existência do Ser Humano, com todas as suas fraquezas, medos e limitações emocionais, oriundo não de outro planeta, mas do seio da sociedade a qual serve...