O Colegiado de Economia da Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina divulgou nova pesquisa sobre o Indíce da Cesta Básica no Vale do São Francisco. De acordo com os dados analisados, no mês de janeiro houve aumento nos preços dos itens em relação a dezembro de 2017, com inflação de 4,98% em Petrolina (PE) e de 8,9% em Juazeiro (BA). O estudo mostra, ainda, que um trabalhador assalariado do Vale do São Francisco gasta, em média, 33% de sua renda com a compra dos produtos da cesta básica.
Os dados mostram que a maior parte dos itens manteve um valor parecido com o da pesquisa anterior. O tomate, porém, apresenta alto custo há alguns meses. O relatório aponta que "a primeira alta do fruto ocorreu em novembro de 2017 (15,88%) e as expectativas eram de que seria algo pontual, devido ao aumento de oferta. Em dezembro, contudo, os preços subiram novamente (27,89%) e dispararam em janeiro (50,66%)". Os pesquisadores acreditam que a tendência é que aumento continue em fevereiro devido as chuvas em excesso que prejudicam a produção e a qualidade do tomate.
A pesquisa da Facape estima ainda que o custo da cesta básica no mês de janeiro ficou em R$ 317,76 para a cidade de Juazeiro(BA) e em R$ 308,97 na cidade de Petrolina (PE). No acumulado dos últimos 12 meses, Juazeiro apresenta inflação de 1,31% e Petrolina de 0,28%. Assim, após um longo período de deflação, os preços voltaram a subir em janeiro, com elevada intensidade, nas duas cidades do Vale do São Francisco.
Brasil - A nível nacional, os cálculos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) encontraram um comportamento de aumento do custo da cesta básica em janeiro em todas as cidades pesquisadas, da mesma forma que no Vale do São Francisco. A maior alta mensal ocorreu em João Pessoa-PB (11,91%). O menor aumento ocorreu em Goiânia-GO (0,42%). A cesta mais cara foi a de Porto Alegre (R$ 446,69). Salvador-BA teve a cesta mais barata (R$ 333,98).
Ascom
0 comentários