Na tarde desta segunda-feira, (05) aconteceu no auditório do Centro de Saúde do Bairro Angary a abertura do Projeto Educação Popular Em Saúde. A ação é uma realização do Ministério da Saúde em parceria com o Governo do Estado e o município de Juazeiro. O evento tem como objetivo resgatar as tradicionais crenças populares e busca atender agentes comunitários de saúde, de endemias e o público ligado aos movimentos sociais.
Serão quatro meses de encontros e trocas de experiências entre os participantes. As reuniões acontecerão uma vez por semana e têm em sua grade de programação a troca de experiências e aplicação do que for debatido nos encontros dentro das comunidades que cada membro representa.
Para Gabriela da Silva Barros, representante do Fórum Acadêmico de Saúde da UNIVASF a educação popular e a saúde são de fundamental importância para o desenvolvimento humano. “Tentamos pensar uma formação diferente para a saúde. Poder aprender e respeitar os saberes do povo contribui muito para a formação. Estar aqui é de suma importância para que possamos trazer nossos aprendizados e levar mais ensinamentos para dentro da nossa comunidade, tanto acadêmica como externa a ela”, explicou.
Para a estudante de agronomia e representante do Movimento Sem Terra, Raiz de Oliveira é através da produção de alimentos saudáveis que ela pretende inserir em sua comunidade uma saúde popular mais adequada. “Esse evento traz para nós uma forma de saúde que já estamos almejando há muito tempo, mais humanizada. São bons frutos que nascem daqui e eu especialmente pretendo inserir na vida das pessoas a colheita e o cultivo de alimentos saudáveis, para assim prolongarmos mais a saúde”, pontuou.
Para a educadora popular Alexsandra Fonseca, o projeto pretende resgatar as cresças e saberes populares. “O encontro busca construir saúde indo além do tradicional e a ideia é resgatar as crenças populares. Aqui também acontecerá a qualificação dos agentes de saúde, endemias e de todos os representantes sociais”, finalizou.
Participaram do evento, agentes de saúde e endemias de Juazeiro e Sobradinho, além da Superintendente de Vigilância e Saúde, Tatiane Malta, o assessor técnico da SESAU, Álvaro Pacheco e a Superintendente de Gestão de Pessoas, Carla Lorena Pesqueira.
“A Secretaria de saúde está aqui para acolher essa parceira com o Governo do Estado que só vem somar. Trabalhar a educação com a saúde popular é resgatar a vivência de nossos antepassados e não podemos perder jamais essa essência, estaremos acompanhando todo o projeto e vamos ter bons resultados”, concluiu.
O projeto:
A Política Nacional de Educação Popular em Saúde (PNEP-SUS), publicada em 19 de novembro de 2013, propõe metodologias e tecnologias para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS). É uma prática voltada para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde a partir do diálogo entre a diversidade de saberes, valorizando os saberes populares, a ancestralidade, a produção de conhecimentos e a inserção destes no SUS.
As práticas e as metodologias da Educação Popular em Saúde (EPS) possibilitam o encontro entre trabalhadores e usuários, entre as equipes de saúde e os espaços das práticas populares de cuidado, entre o cotidiano dos conselhos e dos movimentos populares, ressignificando saberes e práticas.
Débora Sousa/SESAU
1 comentário
06 de Feb / 2018 às 16h46
Me desculpe pela minha inguinorancia, Mais não estou vendo educação, E sim despacho!