Crônica é uma obra literária que descreve uma história, fato, podendo ser por meio de rádio, televisão, jornais, internet, etc. Um engenho irônico, satírico, às vezes uma linguagem séria como também humorística. Registra os acontecimentos no tempo preciso, deixando um legado que pode ser transformado em livros.
A Crônica (do lat. Choronica) narração histórica ou registro de fatos comuns, cotidianos. Tem fulcro no liberalismo, liberdade, expondo-se as ideias, de teor artístico, político, esportivo, religioso, etc.
A imprensa tomou impulso há dois séculos e a crônica começou a se introduzir nas páginas dos jornais de acordo com a história, pela primeira vez no final do século XVI, em Paris, relatando textos, fatos reais ocorridos nesta cidade da Europa.
Ao passar do tempo, o primeiro a aderir no Brasil foi José de Alencar. O autor de Guarani (1870), Iracema (1875) entres outros. Hoje, no Brasil, a crônica está no dia-a-dia dos nossos queridos patrícios, estilo próprio de se fazer diferente da maneira francesa.
Nós brasileiros nos orgulhamos de ter ótimos cronistas consagrados, coroados de inteligência e cultura inexplicável a exemplo: Machado de Assis, Rubem Braga, Rachel de Queiroz, Fernando P. Sabino, Carlos Drumond de Andrade, Paulo Mendes Cunha, Alcântara Machado, entre outros.
O cronista que é um vigilante dos acontecimentos diários e se esforça para levar a notícia no momento célere para que a sociedade seja conhecedora dos fatos ainda quentes saindo da forma; portanto, um trabalho que lhe apraz e se enche de contentamentos por prestar serviço social nobilitante.
A esses trabalhos literários são enviados para o meio de comunicação com brevidade, esboçando todo o empenho para que a narrativa seja com responsabilidade em vernáculo pátrio, sem tropeços na linguagem para que não haja dúvidas sobre os fatos ocorridos.
A crônica presta um valor social e está sujeita a crítica, podendo o leitor dar a sua opinião dentro do contexto, o que é salutar. Porém, não se deve aproveitar do corpo da publicação em jornais, blogs e outros mais para inserir intempestivamente assuntos completamente desconexos, sem nenhuma alusão à matéria literária. Um contrassenso absurdo. Uma feiura intelectual, sem discernimento, invasão ao saber alheio. Não se deve montar na garupa sem a permissão do cavaleiro! “O apetite deve ficar submisso à razão.” (Marco Túlio Cícero – Filósofo – escritor e orador romano). Demonstra estar desconectado com a razão e a arte do saber, debruçando-se, então, na esteira do ridículo, dando sinal de que não alcança o conteúdo do engenho cultural, mostrando ofuscada a mente diante de algumas regências verbais, nominais e outras construções da língua pátria. A crítica é necessária com sabedoria, competência e inteligência, não, com verborragia!
Geraldo Dias de Andrade é Cel. PM\RR – Escritor – Bel. em Direito – Cronista membro da ABI\Seccional Norte – Membro da Academia Juazeirense de Letras.
4 comentários
23 de Jan / 2018 às 14h11
PARABÉNS MEU CARO GERALDO DIAS! Realmente o cronista é um vigilante dos acontecimentos diários e se esforça para levar a notícia no momento célere a sociedade. Assim penso e tenho feito aqui nesse democrático BLOG DO GERALDO JOSÉ. O mais bacana disso tudo é que há espaço para todas as ideias nessa coluna. Um forte abraço e que venham mais crônicas suas!
23 de Jan / 2018 às 19h29
Meu caro escritor e acadêmico, Cel. Geraldo: Não poderia deixar de aplaudir esse seu belo texto, no qual define com rara felicidade e boa síntese, a forma e o sentido que caracterizam a boa crônica, sempre focada nos temas do cotidiano. No passado tivemos nomes que enobreceram as páginas semanais das revistas, como o Fernando Sabino, Carlos Drumond de Andrade, Paulo Mendes Campos, entre outros. Cumprimento-o pela maneira inteligente como definiu a crônica e os cronistas! Sou um admirador dos seus textos!
24 de Jan / 2018 às 08h44
Felizes, sabias e oportunas palavras, Tio Gege!
24 de Jan / 2018 às 16h55
Alguém recebeu um pito. A carapuça só assenta em quem veste. O coronel Geraldo esqueceu de citar: Austregílo de Athayde, e Carlos Castelo Branco, dois grandes cronistas da língua portuguesa.