O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse neste sábado ao presidente Michel Temer que vai pautar, a partir da próxima quinta-feira, dia 14, as discussões sobre a reforma da Previdência, segundo apurou o Broadcast. Inicialmente, a proposta de emenda à Constituição (PEC) que modifica as regras para se aposentar no Brasil só seria coloca em análise no plenário da Casa na semana do dia 18. Maia esteve reunido com Temer no Palácio da Alvorada, além do tucano Antonio Imbassahy, que pediu na sexta-feira demissão da Secretaria de Governo, e o deputado Carlos Marun (PMDB-MS), que assumirá o cargo na próxima quinta-feira.
Após a reunião, Marun disse que o governo está confiante na aprovação da reforma ainda neste ano. "Nós tivemos hoje uma boa notícia que o foi o fechamento de questão do PPS. Já são três partidos que decidiram fechar questão. Além do PPS, já tinham fechado questão - o que significa no jargão política obrigar os deputados a votar favoravelmente ao texto, sob risco de punição - o PMDB, partido do presidente, e o PTB. "Temos expectativa em relação aos outros", disse Marun. Questionado sobre a possibilidade de o PSDB também se alinhar oficialmente com o governo, Marun disse que "isso é uma coisa para se conversar".
Mais cedo, o presidente nacional do PSDB, Geraldo Alckmin, disse ser "pessoalmente" a favor de a sigla fechar questão, mas que consultará a bancada. "Estamos felizes com as manifestações pró-reforma que aconteceram hoje na convenção do PSDB. A convenção quase se transformou num ato pró-reforma. O presidente está muito contente com isso, está confiante como todos nós", afirmou Marun.
Apesar da confiança, o deputado disse que os próximos dias serão de intensa articulação política junto aos deputados. "Chegamos à conclusão de que tem gente que ainda não tem conhecimento global sobre o que é essa proposta. Ela hoje vai no essencial, que é o estabelecimento de uma idade mínima e no fim dos privilégios."
Levantamento atualizado neste sábado do Placar da Previdência, do Grupo Estado, mostra que 216 deputados declaram voto contrário à proposta da reforma da Previdência. O governo necessita de 308 votos para a aprovação. Com 205 votos contrários, do total de 513 deputados, o texto é reprovado.
Marun disse que o governo não falou em contagem de votos durante o encontro e que foi uma "conversa estratégica". O encontro contou com a presença do relator da reforma da Previdência, deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), do líder do governo na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco.
3 comentários
10 de Dec / 2017 às 15h29
Vocês Bolsonaro e Alkimi tiraram uma mulher honesta Dilma e colocaram Temer para prejudicar os Trabalhadores??
10 de Dec / 2017 às 15h43
Parece uma "tomada de Brasília". Sempre existiram lobbys na cidade, mas atualmente o aumento da presença ostensiva e a desenvoltura dos agentes de interesses privados em ação nos órgãos públicos são visíveis e comentados. A cena mais marcante das incursões dos lobistas em Brasilia deu-se recentemente no Congresso, no dia da votação da Medida Provisória 775/17, que resultou na isenção fiscal de mais de 1 trilhão de reais às empresas estrangeiras que exploram petróleo e gás no Brasil Identificado como Tiago de Moraes Vicente, o lobista da multinacional Shell agiu nos bastidores e orientou
10 de Dec / 2017 às 20h08
A culpa pelo rombo não é dos aposentados e nem dos servidores, a culpa é da corrupção. A prioridade deve ser acabar com a corrupção. Não adiantar taxar e cortar benefícios, pois se há corrupção o dinheiro sempre vai faltar.