Braço direito de Michel Temer e pivô da maior apreensão de dinheiro sujo da história do Brasil, quando foram encontrados R$ 51 milhões em seu bunker, o ex-ministro Geddel Vieira Lima também determinou a destruição de provas. Quem afirma é o assessor parlamentar Job Vieira Brandão, homem de confiança de Geddel e de seu irmão Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), que só não foi preso no episódio do bunker por ter foro privilegiado.
Segundo Job, que negocia acordo de delação premiada, foram destruídas anotações e agendas que poderiam incriminar ainda mais os dois irmãos do PMDB baiano, assim como os beneficiários dos recursos. A nova denúncia deve fazer com que Geddel perca qualquer esperança de deixar a Papuda e pode levá-lo a também delatar seu chefe, Michel Temer.
As informações da delação de Job Brandão são dos jornalistas Aguirre Talento e Débora Bergamasco, e foram publicadas em Época.
Leia, abaixo, um trecho:
O assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão, funcionário de confiança do ex-ministro Geddel Vieira Lima e de seu irmão Lúcio, deputado federal, foi convocado para uma missão delicada. Graças a um habeas corpus, Geddel, um líder do PMDB, ex-ministro do governo Temer e integrante do círculo de amigos mais próximos do presidente Michel Temer, havia deixado a penitenciária da Papuda, em Brasília, na noite de 13 de julho. De volta a Salvador para cumprir prisão domiciliar, Geddel tinha pressa. Preocupado com a possibilidade de as investigações da Operação Lava Jato o devolverem ao cárcere, Geddel incumbiu Job de destruir documentos, agendas e anotações. Assim fez Job. Papéis foram picotados e jogados na privada; outros documentos foram colocados em sacos de lixo e descartados. Estava limpo o terreno caso houvesse uma nova batida da Polícia Federal.
Mas memória não vai para o lixo. A operação secreta foi revelada por Job, em um depoimento inédito ao qual ÉPOCA teve acesso com exclusividade, e constitui um grave relato de interferência nas investigações, capaz de agravar a situação de Geddel. Job contou um pouco do que sabe ao delegado Marlon Cajado na Superintendência da Polícia Federal da Bahia, em Salvador, na terça-feira, dia 14, como uma mostra de boa vontade e disposição para firmar um acordo de delação premiada com a Lava Jato. A memória de Job é perigosa para Geddel e seu irmão Lúcio. Em prisão domiciliar desde setembro, o ex-assessor pretende tornar públicas suas lembranças para se livrar da pena.
Revista Época
3 comentários
19 de Nov / 2017 às 11h55
Todos mamadores hipócritas ajudaram para O Judas Temer Traidor tomar de uma mulher Trabalhadora honesta Dilma???
19 de Nov / 2017 às 16h57
E os bandidos coxinhas, calados. Kkkkkk
19 de Nov / 2017 às 19h25
O PMDB na Bahia era comandado por esse cidadão, a mão de ferro, era o dono do PMDB, fazia o que queria, eu fui uma de suas vítimas. Fiz uma Convenção Municipal, e Geddel em vez de enviar os trabalhos para o Tribunal Regional Eleitoral, fez o contrário, jogou os trabalhos em um vazo de lixo. O ex-deputado Luciano Simões foi o portador desses trabalhos, a meu ver, foi desconsiderado pelo ex- ditador Geddel. Por esse motivo me desfiliei do PMDB. "Aqui se faz, aqui se paga". (Ditado popular). O PMDB baiano, atualmente, ainda continua comandado por gente de Geddel.