Seis pessoas foram presas na Bahia na manhã desta quarta-feira (13) pela Polícia Federal em parceria com a Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária da Secretaria de Previdência do Ministério da Fazenda durante a Operação Álibi, que tem por objetivo desarticular um grupo criminoso dedicado a fraudar a Previdência Social.
Na Bahia, três pessoas foram presas em Teixeira de Freitas, duas em Nova Viçosa e uma em Porto Seguro. Além disso, houve uma prisão no Rio de Janeiro e outra em Betim, em Minas Gerais. No total foram cumpridos oito mandados judiciais de prisão, sendo dois de prisão preventiva e seis de prisão temporária, além de cinco mandados judiciais de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais (Betim), Bahia (Nova Viçosa, Teixeira de Freitas e Porto Seguro) e Rio de Janeiro (capital).
O prejuízo já causado pela quadrilha de acordo com as investigações ultrapassa o valor de R$ 2 milhões. "Com a desarticulação do grupo criminoso e a suspensão dos benefícios por ele fraudados, evitou-se um prejuízo futuro aos cofres públicos de aproximadamente R$ 15,6 milhões", ressaltou a PF.
Durante as investigações, segundo a PF, descobriu-se que a quadrilha “recriava” pessoas que haviam falecido na infância. "Em nome dos adultos fictícios, seriam realizados alguns recolhimentos à Previdência Social, sempre em valores próximos ao teto de contribuição, criando, assim, a condição de segurados. Posteriormente, seriam simulados os falecimentos dessas 'pessoas', quando, então, seriam requeridos os respectivos benefícios de pensão por morte perante o INSS", disse a PF.
A PF informou ainda que um advogado figurava entre os líderes dos investigados, que responderão perante a Justiça por formação de quadrilha e por reiterada prática de estelionato em detrimento da Previdência Social, crimes com penas que ultrapassam dez anos de prisão.
Correio da Bahia
1 comentário
13 de Nov / 2017 às 15h57
Se só um grupo pode ter desviado 500 milhões imagine, se investigar mais, pode ser que tenham ao todo sido desviado bilhões, por isso tanto rombo. O pior que sempre quem paga somos nós brasileiros.