Não fui para o café de lançamento deste trabalho, tentei comprar o CD e ainda não encontrei, acabei pedindo emprestado a uma amiga da "Facape". Na segunda, após o domingo do lançamento, ouvi neste programa, ou melhor no programa "sem fronteiras" da rádio Juazeiro e Geraldo José da Rádio Transrio, a dolorosa e poderosa "Canção para Beatriz". Arrepiei e chorei o tempo todo, quis ouvir outra vez, tentei ligar para a rádio.
Agora depois de ouvir outras vezes e também outras músicas deste disco, resolvi escrever meu manifesto.
Trata-se de uma canção poderosa e surpreendente, se fosse de um Chico Buarque, ou Caetano Veloso iria para o "fantástico" da rede Globo. A música muito bem interpretada e executada (parece que tem uma orquestra) por artistas da nossa região já é uma canção histórica. Infelizmente, uma obra de arte que nos remete diretamente para lembrar desta infame tragédia que todos querem esquecer? Esquecer, é isto? Ninguém quer ficar lembrando deste esquartejamento, assim, ouvir esta bela canção é uma tortura que faz sempre chorar, se emocionar e de vez em quando a gente quer ouvir de novo.
Não conheço pessoalmente o seu autor, sei que é bastante conhecido e festejado, o Mauricio Cordeiro, apelidado de "Mauriçola", este apelido não combina com a força das suas músicas. Também dos interpretes só conheço Camila Yasmine. Estão todos de parabéns.
Fiquei impressionado com o bom gosto e qualidade do CD, reunindo gente como Geraldo Azevedo, Dominguinhos, João Sereno, Alan Cleber.
Gostei muito de um "rap" "Nordestinias", de "Boato Ribeirinho" muito conhecida. Adorei uma canção chamada "Medo" do Wilson Duarte, o cara do "Vale da sorte","Brocoió", "Vale a pena" de Eugênio Cruz, e uma outra também arrebatadora do mesmo autor da canção para Beatriz, "Aquele Sol não quis se por", extraordinária!
Fica agora aqui o lado escuro deste trabalho brilhante... Foi bem aceito? Vendeu? Deu certo?
E Além de tudo também é preciso questionar o fato deste rapaz, o Maurício Dias Cordeiro (sem Mauriçola), ser o inteligente compositor que é e trocar sua música para servir a esta política pequena de Juazeiro -Bahia. O que foi? Acomodou-se? Acovardou-se? Por que nunca foi mostrar o seu trabalho em outras cidades grandes como Recife, Salvador, Rio, São Paulo. Sendo também autor do Hino do Centenário da nossa querida Petrolina, ele devia orgulhar-se deste feito e honrar esta obra, indo em busca de outras plagas.
Ele serviria muito melhor à música brasileira do que política e cultura em Juazeiro. Juazeiro se orgulharia dele assim como Ivete, João Gilberto e Targino.
Vamos lá, provoca este rapaz, aqui ele não será mais nada do que o que já é.
Que a "Canção para Beatriz" não deixe os cansados esquecerem deste crime terrivelmente terrível, manchando o brilho dos nossos 122 anos de progresso.
*Que o Mauricio não interprete mal, mas ele precisa de "fogo na roupa". Vá embora cabra!
Zé Nunes Ribeiro (Um ribeirinho autêntico)
2 comentários
21 de Sep / 2017 às 23h18
Pois é. O cara e o Paulin do PC do I. Muita dicotômia. Sendo este oportunista, e aquele de pedigree de estrada. Se tivesse apoio deste idiotizados politicos que até se oportuniza dele. Mas juazeiro como o é do cabide de emprego, vai humilha lo como o fez com o Mainha. Caia fora antesvque seja tarde seu rapaz.
23 de Sep / 2017 às 11h34
O talento é um dom, ninguém adquire, nasce com ele, pode até se aprimorar com a profundidade de estudos, se tornando um intelectual culturalmente pelo saber da letras e de vários idiomas. "Quem tem talento já nasce feito". " Quem é bom é livre, mesmo sendo escravo. Quem é ruim é escravo, mesmo sendo rei". "O pau que nasce torto, não tem jeito morre torto". Entretanto, a escola é uma mestra muito interessante, nela a gente aprende muita coisa boa, mesmo sem ter talento de um super-dotado.