ARTIGO - O PAÍS PRECISA VENDAR O OLHO DA CRIMINALIDADE!

Consagrou-se em uma peste bobônica, desmantelando e desmoralizando veemente a suposta inteligência do Estado que cambaleia e afrouxa na inércia, sem tino diante da empresa criminal desafiadora instalada neste território pátrio.

A ousada e saliente indústria do crime dos monstros hediondos criou asa potente e larga, de grande porte, aterrissando como melhor lhe aprouver, fazendo chover sangue aos borbotões, levando consigo na bagagem destruidora suas leis e códigos de morte, ditando ordens, matando os indefesos, incendiando patrimônios genéricos, bem como metralham viaturas, o povo e policiais, a sol a pino, bem fulgente, zombando descaradamente do caráter intimidativo da pena, como seja uma coisa leviana, sem importância. Uma verdadeira vergonha para o nosso Estado de Direito.

Essa desdita que deixa a paz da família brasileira rastejando humilhantemente pelo chão, impedindo do direito sorrir à felicidade é culpa do Estado sádico, que se deleita com o sofrimento da nossa gente, não se preocupando com o pranto do medo e a dor plangente que não estanca, quando deveria investir nos organismos policiais, dando-lhes apoio digno de uma força pública, porém, acredita que polícia e segurança não traduzem votos eleitorais.

O tráfico, como é cediço, manipula uma receita de 19bilhões de reais, uma empresa organizada que prima pela filantropia no seio das comunidades pobres onde o Estado sempre se esquivou desde o tempo dos açoites cruéis, coloniais. Como se poderia imaginar, não falta gratidão e submissão dentro do “ninho” da ilicitude penal, dificultando, portanto, o Estado reverter o fio torcido, maçarocado da organização delituosa. Todavia terá que se encontrar o caminho para o restabelecimento do ordenamento público, usando-se dos meios necessários na sua melhor forma.

Entre os recursos do Estado além do direito da força deve recorrer aos poderes sobrenaturais, através do exorcismo com padres virtuosos, demonólogos, ou mesmo a médiuns psicofônicos para afastar os obsessores, levados por Lúcifer, de modo que alguma coisa seja feita com urgência, exprimindo uma solução.

O crime está renitente, não temendo a nenhum aparato militar, debochando dessa maneira às escâncaras, desdenhando, não temendo confronto, gargalhando, então, de orelha a orelha!

Com todas as vênias, acredito que a estratégia deva recomendar principalmente na guerra existente no Rio de Janeiro, que não se anuncie o efetivo nem o tempo de duração no futuro território a ser ocupado.

Sabe-se que no projeto de operações militar o elemento surpresa é a melhor arma, tendo todo cuidado para não haver vazamento do eventual plano estratégico para não se malhar em ferro frio, fracassando assim o objeto do teatro de operações.

Quando do elemento surpresa, ocupando-se a área conquistada, e, que não é permanente por falta de efetivo, será oportuno que se faça uma “garimpagem galopante” nesses contaminados do mal, cegando assim o olho da estrutura criminal, impedindo o seu renascimento, indo até o hipocentro da célula maligna, destruindo-a para que se possa respirar o oxigênio da paz social!

Geraldo Dias de Andrade é Cel. PM\RR – Cronista – Bel. em Direito – Escritor – Membro da ABI\Seccional Norte – Membro da Academia Juazeirense de Letras.