Potencial candidato à Presidência da República em 2018 e um dos políticos mais bem colocados em pesquisas de intenção de voto, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) mudou sua atuação parlamentar ao longo de 26 anos no Congresso Nacional. Quando chegou a Brasília, no início da década de 1990, seu foco era atender aos interesses de militares, sua primeira base eleitoral. Nos últimos anos, porém, ele ampliou suas propostas para a área de segurança pública, uma das mais vulneráveis do País e de maior apelo nas urnas.
Assumidamente conservador, Bolsonaro busca novas parcelas do eleitorado. Ele já se banhou no Rio Jordão, em Israel, critica discussões sobre questões de gênero, sexualidade e direitos humanos e reverbera na internet suas polêmicas em página oficial com mais de 4,4 milhões de seguidores. Pelas redes sociais, grupos se pulverizam em apoio à sua candidatura no próximo ano (mais informações na página A5).
Bolsonaro, que é capitão da reserva do Exército, afirmou ao Estado que foi eleito inicialmente por um "segmento basicamente militar", mas seguiu para outros campos. "Todos nós evoluímos", disse.
Levantamento feito pelo Estado/Broadcast revela o perfil desse parlamentar que almeja chegar ao Palácio do Planalto no dia 1.º de janeiro de 2019. Em quase três décadas na Câmara dos Deputados, Bolsonaro apresentou 171 projetos de lei, de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs).
No primeiro mandato, entre 1991 e 1995, foram 17 projetos de interesse de militares, ante apenas dois na área de segurança pública. Na atual legislatura, iniciada em 2015 e com término previsto em 2019, já são nove propostas para a segurança e somente três para o setor militar. Entre 2011 e 2015, na legislatura passada, o deputado apresentou 13 propostas na área de segurança, ante duas militares.
As duas áreas representam 56,7% (97) das propostas legislativas de Bolsonaro - são 53 projetos para militares (32%) e 44 para segurança pública (25%). Nenhum, porém, foi aprovado.
Apenas três projetos foram ligados a temas econômicos - entre eles o que propõe autorizar a dedução do Imposto de Renda das despesas comprovadamente efetuadas com empregados domésticos - e dez na área de saúde - como o que determina a proibição do aborto em casos de estupro. Para educação foi somente uma proposta, apresentada no primeiro mandato, a fim de conceder desconto progressivo em taxas e mensalidades escolares para famílias de militares com mais de um filho.
Aprovação. Até hoje, o deputado teve aprovados dois projetos. Viraram lei uma proposta que estendia o benefício de isenção do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) para bens de informática e outro que autorizava o uso da chamada "pílula do câncer" - a fosfoetanolamina sintética. A primeira emenda de sua autoria, aprovada em 2015, determina a impressão de votos das urnas eletrônicas (mais informações na página A7).
"Tão importante quanto você fazer um gol, é não tomar um gol. Eu trabalho muitas vezes para que certos projetos não sejam aprovados", disse o deputado. Assim, "tão importante quanto apresentar propostas, é rejeitá-las". "Uma enorme contribuição", segundo o deputado, foi o combate ao chamado "kit gay", material didático contra a homofobia vetado na gestão petista da presidente cassada Dilma Rousseff, em 2011.
Voltado à disputa presidencial, Bolsonaro tem usado justamente esses temas nas redes sociais, onde sua popularidade se mostra em alta. Um exemplo foi um post seu sobre o kit, publicado em 10 de janeiro deste ano, que alcançou 38 milhões de internautas e o vídeo teve 8,3 milhões de visualizações.
Questionado se a falta de diversidade em suas propostas poderia prejudicá-lo na corrida presidencial, o deputado nega. "A Dilma (Rousseff) apresentou algum projeto na vida dela? O (prefeito João) Doria apresentou algum projeto? Não tem nada a ver uma coisa com a outra", afirmou Bolsonaro.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
7 comentários
24 de Jul / 2017 às 09h06
Estou procurando um político honesto, ficha limpa, por enquanto só achei o Jair Messias Bolsonaro, o único que não está envolvido em nada errado. Bolsonaro 2018
24 de Jul / 2017 às 10h04
mas é pra mandar desce a borracha com força
24 de Jul / 2017 às 10h39
História contada (fofoca): dois veados estavam dialogando sobre política, o primeiro disse: "- Eu vou votar em Jair Bolsonaro para Presidente da República". O outro interlocutor respondeu: "- Fulano, logo em Bolsonoro, que não gosta de veado". O primeiro interlocutor, não se calou deu outra resposta: "- Sicrano, eu não estou procurando namorado, estou procurando um homem direito e de vergonha na cara para governar o Brasil, e não estou encontrando, só vejo Bolsonaro, não sei se ele está falando a verdade, apesar dele ser um cara de Direita Radical, mas a meu ver é a única solução".
24 de Jul / 2017 às 11h24
É triste ver mídia tentar derrubar o Bolsonaro, mais o povo não e tolo, não adianta essa tentativa torpi de desqualificar Bolsonaro, vão ter que ingulir ele à seco!
24 de Jul / 2017 às 13h58
Parabéns a esse incansável guerreiro! Eu tive o privilégio de ser soldado na Companhia onde ele na época éra 1º Tenente Paraquedista no Rio de Janeiro-RJ! Esteve (e ainda está) durante 27 anos atuando como Dep. Federal lutando para que vários "projetos de leis" que na prática prejudicam a população venham ser embargados! O Brasil precisa realmente de um homem como esses que não tem seus nome envolvido em listas de Oldebrecht ou similares!
24 de Jul / 2017 às 16h57
O nome é Mazama gouazoubira.
24 de Jul / 2017 às 18h52
Kkkkkkk valeu José Marcelo.