Recentemente, duas profissionais da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina (UPAE/IMIP) concluíram a "Especialização em Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente", promovida pelo Hospital Sírio Libanês em parceria com o Ministério da Saúde. A pós-graduação faz parte de um projeto educacional voltado ao desenvolvimento de profissionais do SUS, com o objetivo de melhorar a gestão da clínica e a integralidade do cuidado seguro.
De acordo com a especialista Grazziela Franklin, a capacitação de profissionais já inseridos no trabalho em saúde tem sido valorizada, uma vez que qualifica a produção de intervenções na realidade. "Esse é um programa de apoio ao SUS que seleciona profissionais de todo o país para participar de formações continuadas em serviço, e que é extremamente válido, pois, além de fornecer o conhecimento, possibilita um novo olhar crítico sobre o trabalho que está sendo realizado nas unidades de saúde e uma intervenção em tempo real", acredita.
A enfermeira gerente da clínica cirúrgica, Isadora Rodrigues, ressalta que o apoio do IMIP foi imprescindível para a titulação. "Por também trabalhar com o viés do Ensino, Pesquisa e Extensão, o IMIP incentiva e apoia a formação continuada. Acho que somos privilegiados nesse quesito e ganhamos um grande presente do Ministério da Saúde, pois participamos de forma gratuita de uma especialização tão importante como essa promovida pelo Hospital Sírio Libanês com o apoio do MS", pontua a profissional.
Mesmo sendo algo relativamente novo, o Plano Nacional de Segurança do Paciente (instituído pela Portaria Ministerial 529/2013) foi implementado na UPAE de Petrolina em 2014. "Ainda temos muito a avançar no Vale do São Francisco, mas acredito que a UPAE está um passo à frente, pois se adiantou ao implantar o Núcleo de Segurança do Paciente e hoje já conta com duas especialistas na área. Sem dúvida, esse é um ganho para a Unidade e para os usuários", ressalta Grazziela.
Na avaliação das recém-tituladas, o que muda na UPAE é o olhar sobre o tema. "Como nós já tínhamos implementado praticamente todas as metas se segurança do paciente, nos coube uma reavaliação dos seis passos e a efetivação do que ainda estava pendente. Aprendemos nessa pós a melhorar os processos de cuidado e a aumentar o número de barreiras dentro da instituição fazendo com que o paciente tenha um cuidado mais seguro e ao mesmo tempo com mais qualidade, pois a pós também abrange o cuidado na assistência", destaca a coordenadora de enfermagem.
Os seis passos de Segurança do Paciente consistem em: identificar corretamente o paciente; melhorar a comunicação entre os profissionais de saúde; melhorar a segurança na prescrição, no uso e na administração de medicamentos; cirurgia segura; higienização correta das mãos; redução do risco de quedas e úlceras por pressão. "Para se ter uma ideia nós temos três marcadores de identificação do paciente, prescrição de medicamentos por sistema informatizado com três barreiras físicas, placas de identificação nos leitos, soros e equipos, farmacovigilância, trabalho de educação continuada com relação a higienização das mãos e relógios de mudança de decúbito na ala amarela e vermelha. Essas e outras medidas resultaram em um índice de infecção hospitalar 20 vezes menor do que o preconizado pelos parâmetros nacionais. Portanto, a avaliação é muito positiva", informa Grazziela.
Ascom/UPAE-PE
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