O Presidente Michel Temer assinou nesta quinta-feira (29) um decreto que reajusta o salário mínimo dos atuais R$ 880 para R$ 937 (aumento equivalente a 6,47%) a partir de 1º janeiro de 2017, informou a assessoria da Casa Civil.
O novo salário mínimo, R$ 57 maior do que o atual, deve ser publicado na edição desta sexta (30) do "Diário Oficial da União". O valor estipulado no decreto presidencial assinado nesta quinta é R$ 8,8 menor do que os R$ 945,8 que haviam sido propostos em agosto pelo governo federal.
Inclusive, no dia 15, o Congresso Nacional aprovou o Orçamento de 2017 prevendo o reajuste do salário mínimo para R$ 945,8. Ao justificar por meio de nota o fato de o reajuste ter sido menor do que as previsões iniciais, o Ministério do Planejamento disse que apenas aplicou as regras previstas na legislação.
O comunicado ressalta que a estimativa para o INPC em 2016, calculada pelo Ministério da Fazenda, é de 6,74%. Ou seja, menor do que a previsão de 7,5% estimada em outubro, quando o projeto de Orçamento do ano que vem foi enviado ao Congresso. Porém, o índice de inflação é 0,27 pontos percentuais maior do que o que vai ser aplicado ao salário mínimo de 2017.
Segundo o Ministério do Planejamento, a diferença a menos – que corresponderia a R$ 2,29 – se deu porque a legislação permite que, na hipótese de ocorrer diferenças entre as projeções dos índices utilizados para calcular o aumento e o que foi efetivamente anunciado, seja feita uma compensação no reajuste seguinte.
A pasta afirma que essa situação ocorreu no cálculo do salário mínimo de 2016 resultante da diferença entre o valor observado para o INPC em 2015 e a estimativa aplicada para o cálculo do reajuste do salário mínimo deste ano.
Na nota, o ministério observou que, no acumulado do ano, até novembro, o INPC está em 6,43%. Em razão de a inflação ter ficado menor em 2016 do que as previsões, ponderou a pasta, o reajuste do salário será menor do que o proposto na peça orçamentária.
Na mesma nota o Ministério do Planejamento informou que o reajuste do mínimo para R$ 937 deve gerar um incremento de R$ 38,6 bilhões nos salários dos brasileiros em 2017, correspondente a 0,62% do PIB.
Cálculo do salário mínimo
Atualmente, para calcular o reajuste do salário mínimo, o governo soma a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do ano anterior ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. A fórmula aplicada não permite que haja uma variação negativa no salário mínimo.
Como o PIB recuou 3,8% em 2015 – ano que serve de parâmetro para o salário mínimo em 2017 – a correção do mínimo no ano que vem levará em conta, pela fórmula adotada, somente o valor da inflação deste ano.
Com isso, não haverá alta real (acima da inflação) do salário mínimo no ano que vem.
Quando enviou a proposta do Orçamento de 2017 para o Congresso, em agosto, o governo previa que o mínimo no ano que vem seria maior, de R$ 945,80. Como as estimativas para a inflação deste ano caíram, o valor final acabou reduzido.
Levantamento do G1 apontou que, pelo menos, 17 estados seguirão o decreto federal e manterão o mesmo valor do salário mínimo adotado pela União: Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte. Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
Aumentos reais
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese), desde 1998 os reajustes autorizados vem garantindo aumento real no salário mínimo.
A última vez que a correção ficou abaixo do INPC foi em 1997, quando foi registrada perda real de 0,98%, segundo o Dieese. Em 2016, o ganho foi de 0,36% acima do INPC.
Estudo do Dieese mostra que, de 2002 a 2016, o salário mínimo aumentou 77,18% acima da inflação, passando de R$ 200 para R$ 880.
G1
4 comentários
30 de Dec / 2016 às 06h57
Dilma ia aumentar p 980.00. Temme recebeu 10 milhões da Odebrechr e so faz coisa ruim para o trabalhador
30 de Dec / 2016 às 08h22
POIS É,PARA ELES.MAIS DE 20% DE AUMENTO,PARA NÓS,ESTA MERRECA DE 6,47% ,MAIS UM TAPA NA CARA DO TRABALHADOR ,SEM FALAR NA DERRAMA PROVOCADA PELO SAAE DE JUAZEIRO QUE AUMENTOU PARA 80% A TARIFA DO SANEAMENTO,PODE ISTO GERALDO ?...VEM AI AUMENTO NA ASSINATURA BÁSICA DA TARIFA TELEFÔNICA.NOS GOVERNOS MILITARES ERAMOS MUITO MAIS RESPEITADOS,NÃO ERAMOS ROUBADOS COMO AGORA.
30 de Dec / 2016 às 09h18
O QUE MAIS MIM REVOLTA COM ESSE PAIS E A CARA DE PAU DESSES POLITICOS BRASILEIROS FALAM QUE SI DER UM AUMENTO MAIOR VAI IMPACTAR NA ECONOMIA BRASILEIRA OU SEJA O VALOR DE 57 REAIS DE AUMENTO E RUIM PRA ECONOMIA,AGORA OS AUTOS SALÁRIOS DESSES CANALHAS NÃO TEM PROBLEMA ALGUM E SIMPLES PARA ELES E O POVO QUE LEVE FERRO PELO AMOR DE DEUS VIU MIM POUPE.......
30 de Dec / 2016 às 09h22
E PIOR QUE TUDO ISSO E CULPA DE BOA PARTE DOS BRASILEIROS QUE QUANDO CHEGA NO DIA ENCHEM O PEITO DE ADESIVOS BANDEIRAS E VÃO LAR VOTAR NESSES SACANAS QUE SÓ PESAM NELES O PAIS PRA TER LEI QUE SÓ PREJUDICA O POVO E PAU VIU GENTE VAMOS ACORDAR PELO AMOR DE DEUS??????????