Esta semana, a Federação Internacional do Diabetes divulgou que um em cada dois adultos que possui a doença não tem conhecimento da sua condição e não toma os devidos cuidados. O alerta chega no mês mundialmente dedicado ao diabetes, cuja campanha deste ano ressalta a importância do rastreamento, diagnóstico precoce, tratamento e prevenção, com o objetivo de reduzir o risco de complicações mais sérias.
Dados da Federação apontam que a doença está crescendo em todo o mundo e a previsão para 2040 é de que exista um adulto diabético para cada dez adultos no planeta. A boa notícia é que os números também mostram que 70% dos casos tipo 2 (quando o organismo é resistente à insulina ou a produz de forma insuficiente) podem ser prevenidos por meio da adoção de hábitos mais saudáveis.
A nutricionista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina, Uilla Soares, não só acredita como defende esse estudo. “O principal objetivo do diabético é baixar os níveis de glicose no sangue. Então, seja no diabetes do tipo 1 – onde o pâncreas deixa subitamente de produzir insulina, fazendo com que o açúcar passe de forma rápida e exagerada para o sangue – ou tipo 2, uma alimentação equilibrada e hábitos de vida saudáveis, aliado ao uso correto da medicação prescrita, auxiliam nesse controle”, esclarece.
De acordo com a profissional da UPAE/IMIP, os hábitos saudáveis devem começar desde a infância, visto que, os estudos também apontam que a má alimentação e a baixa atividade física entre as crianças tem potencial para tornar a diabetes tipo 2 um problema de saúde pública global. “Se os hábitos mudarem é possível conviver bem com a doença e até preveni-la, já que é possível, inclusive, evitar a progressão em pré-diabéticos”, explica Uilla.
De forma geral, “adotar uma dieta com redução de calorias, gorduras saturadas, carboidratos simples, açúcares, alimentos industrializados e de alto índice glicêmico – que se transformam mais rapidamente em açúcar – é o ideal. O diabético deve optar pelos carboidratos complexos – encontrados nos alimentos integrais; pelo aumento do consumo de fibras solúveis – achadas na aveia em flocos, semente de chia e casca de algumas frutas; carnes magras; além de frutas, verduras e legumes de baixo poder glicêmico. As refeições devem ser leves e de 3 em 3 horas. É importante ressaltar que o diabético não deve passar muitas horas em jejum, em especial aqueles que fazem o uso da insulina, pois, nesse caso, a falta do açúcar também pode levar à hipoglicemia. O acompanhamento nutricional pode fazer toda a diferença para a qualidade de vida desse paciente”, orienta.
O diabetes não controlado é uma das principais causas de insuficiência renal, amputação de membros, cegueira e doenças cardiovasculares. Portanto, ao surgirem os primeiros sintomas é necessário buscar acompanhamento médico. Vontade frequente de urinar, fome, sede excessiva, emagrecimento, formigamento nos pés, visão embaçada e feridas que demoram a cicatrizar; podem ser sinal de que o organismo está produzindo insulina de forma insuficiente ou indicar que a insulina não está exercendo adequadamente a sua função, causando assim um aumento da glicose no sangue.
Ascom/UPAE Petrolina
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