Artigo - Os Doutores das leis X Doutores das palavras

Nos últimos meses, Juazeiro viveu um grande debate entre as leis e as palavras. Motivo? O direito. Direito? Sim, direito de administrar o Município nos próximos quatro anos. As palavras foram ditas por todo município, em alguns momentos, os doutores das leis não falaram, mas em outros tentaram. Tentativas frustradas, pois, cada um no seu espaço. Os doutores das palavras não permitem ser interrompidos, a não ser que seja de forma legal. Sendo assim, os doutores das leis continuaram ouvindo o bombardeio das palavras, enquanto o tempo coincidentemente, a lei do tempo, passava.

As palavras disseram sobre a educação _ que muito foi feito por ela, de volta os doutores das leis tentaram falar, e, dessa vez entraram no espaço desejado. Disseram que os doutores das palavras fizeram apenas o que diz a carta magna. Reagindo, os doutores das palavras afirmaram que isso procede, a lei obriga, mas não determina a qualidade do serviço prestado. Assim segue o debate, de um lado a geração de emprego e renda é apresentada por um dos doutores das palavras, como um diferencial nas gestões em que as palavras falaram.

Na réplica os doutores das leis disseram que as leis econômicas não aceitam essas falácias enganosas, e que Juazeiro vai reagir a tudo isso. Infelizmente a tréplica foi do doutor das palavras, que poderia falar, e falou: a verdade é que Juazeiro é campeão de empregos na Bahia, no Nordeste e no Brasil e os senhores não podem dizer que estou mentindo, até porque a lei do tempo não permite. Tempo que passou e fez chegar o grande dia. Dia que os doutores das palavras também podem ser doutores da lei e vice-versa? Não, dia que todos os doutores podem apenas votar.

No resultado final ficou definido que: os doutores das leis continuam fortes como sempre foram, mas a lei do tempo ficou do lado dos doutores das palavras, e vos concedeu mais quatro anos de direitos para administrar o Município de Juazeiro.

Prof. Adelson Almeida

Economista