O Ministério da Educação vai anunciar na próxima terça-feira (27) as instituições de ensino habilitadas a implantar novos cursos de medicina em 39 cidades em onze Estados do país. Na prática, a medida, anunciada às vésperas das eleições municipais, representa o fim de uma novela que se desenrola há um ano e serve como "empurrão" político aos prefeitos que concorrem à reeleição e tratam o tema como bandeira de campanha em seus municípios.
As reivindicações em favor da abertura de novos cursos de formação de médicos no país foram lideradas pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos), cuja direção se reuniu com o ministro da Educação, Mendonça Filho, em agosto. Na ocasião, foi firmado compromisso para publicação do resultado dos editais de seleção das entidades que ficarão responsáveis pelas novas faculdades.
O processo ficou travado depois que o TCU (Tribunal de Contas da União) suspendeu o edital em agosto de 2015, acolhendo representação da União Nacional de Educação e Cultura. A seleção só foi retomada em julho deste ano, após pressão de políticos e de prefeituras e depois que a FNP ingressou como parte no processo e apresentou as argumentações em favor da criação dos novos cursos.
À época, o TCU mudou sua posição e liberou um edital do MEC que permitia a criação de novos cursos de medicina pelo país dentro do programa Mais Médicos. A paralisação da abertura de novas vagas para médicos foi feita pelo órgão alegando supostas irregularidades na sua criação. A partir da liberação, em julho, coube ao MEC selecionar as melhores propostas de faculdades particulares interessadas na disputa.
Agora, com a publicação do resultado do certame na próxima terça, a expectativa é que os termos de compromisso com as instituições vencedoras sejam assinados em outubro. Serão 2.290 vagas abertas nas 39 novas unidades.
Abaixo, a lista de cidades que receberão novos cursos de medicina:
Bahia: Alagoinhas, Eunápolis, Guanambi, Itabuna, Jacobina e Juazeiro.
Espírito Santo: Cachoeiro do Itapemirim.
Minas Gerais: Contagem, Passos, Poços de Caldas e Sete Lagoas.
Pará: Tucuruí.
Pernambuco: Jaboatão dos Guararapes.
Paraná: Campo Mourão, Guarapuava, Pato Branco, Umuarama.
Rio de Janeiro: Angra dos Reis, Três Rios.
Rondônia: Vilhena.
Rio Grande do Sul: Erechim, Ijuí, Novo Hamburgo, São Leopoldo.
Santa Catarina: Jaraguá do Sul.
São Paulo: Araçatuba, Araras, Bauru, Cubatão, Guarujá, Guarulhos, Jaú, Limeira, Mauá, Osasco, Piracicaba, Rio Claro, São Bernardo do Campo e São José dos Campos.
Fonte: Folha de São Paulo Imagem da Internet
2 comentários
24 de Sep / 2016 às 11h36
Algumas destas faculdades de Medicina, vão funcionar pior do que a da Bolívia, nosso vizinho. Um farra de Médicos, sem preparo e sem condição de exercer a medicina, uma profissão sublime. Coitado de nós humanos, cair nas mãos dessa gente formada nessas faculdades.
25 de Sep / 2016 às 04h32
So com a Democracia que temos nos blog Tijolaço e blog Conversa Afiada e 247brasil e Geraldo Jose vamos crescer com direito de nao ser enganados