De acordo com informações do Ministério da Saúde, os homens brasileiros vivem, em média, 7 anos a menos que as mulheres. Entre as causas de morte prematura estão a violência e acidentes de trânsito, além de doenças cardiovasculares, infartos e o câncer de próstata. Para o urologista da Unidade de Pronto Atendimento e Atenção Especializada de Petrolina, Flávio Costa, este cenário poderia ser melhor se os homens tivessem o hábito de buscar a medicina preventiva. “Já avançamos bastante, mas a cultura do nosso povo ainda é de buscar atendimento depois da doença já instalada para uma medida corretiva”, analisa o especialista.
O alerta surge na data em que se comemora o “Dia Nacional do Homem”, que tem como objetivo maior reforçar os cuidados com a saúde desse segmento da população. “Achamos importante falar sobre o tema para promover uma maior conscientização. Percebemos que os homens têm buscado mais informações e especialidades não tão comuns como a dermatologia, por exemplo. Mas, ainda é um número pequeno. Falar sobre o assunto é promover a quebra de alguns preconceitos”, acredita a coordenadora de enfermagem da UPAE/IMIP, Grazziela Franklin.
Em 2015, por exemplo, foram realizados na UPAE/IMIP mais de 90 mil atendimentos de pessoas do sexo masculino. Destes, 32 mil foram de consultas ambulatoriais. Apesar de expressivo, esse número representa apenas 36% do total de procedimentos da Unidade. No primeiro semestre deste ano, o cenário se repetiu. O número de atendimentos do sexo masculino ficou 26% abaixo do sexo feminino, totalizando 37% do geral. Quando observado pela faixa etária, conclui-se que a maior parte desse público está acima de 65 anos (25%). “Nós ofertamos 17 especialidades médicas, mas a procura maior é pelas especialidades de urologia, cardiologia e oftalmologia”, esclarece a enfermeira gerente do ambulatório, Ana Carolina Freire.
Cuidados com a saúde
“Para garantir a saúde alguns hábitos saudáveis devem ser adotados, principalmente o de manter uma rotina médica”, afirma Dr. Flávio. Segundo o urologista, o câncer de próstata é o mais frequente entre os homens, ficando atrás apenas do câncer de pele. O estresse, por sua vez, pode ser um fator de risco para a pressão alta, diabetes e a disfunção erétil psicogênica.
“A recomendação geral é que se mantenha uma boa alimentação e a prática de exercícios, evitando o etilismo e o tabagismo; além da consulta anual com o médico. Essas recomendações são válidas também para doenças do trato urinário. A partir dos 50 anos o homem deve fazer uma vez por ano o exame de próstata, mas se houver antecedentes na família essa rotina deve começar aos 40”, orienta.
Ascom/UPAE/IMIP
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