Deveria conter na Lei Eleitoral e até mesmo no Código Penal Brasileiro um artigo onde estabelecesse punição severa para os chamados "falsos candidatos", aqueles que se apresentam como pré-candidatos a determinados cargos, chegam até mesmo a discursar, apresentar propostas e pedir votos, mas na verdade não passam de autênticos 'barganhadores' que aproveitam da posição que ocupam ou ocupou e de uma pseudo popularidade para negociar e até mesmo chantagear apoio a determinados grupos e a outras candidaturas reais para tirar, única e exclusivamente, vantagem.
Além de cometer o grave crime de enganação, esses verdadeiros estelionatários políticos utilizam das boas intenções dos seus pretensos eleitores para negociar seu apoio a outrem. Em nenhum momento se consulta as bases para definir suas posições,; o que prevalece mesmo é o que lhes são oferecidos em troca. No direito penal, fraude é o crime ou ofensa de deliberadamente enganar outros com o propósito de prejudicá-los, usualmente para obter propriedade ou serviços dele ou dela injustamente. O que ocorre em todo período de pré-campanha eleitoral é justamente isso, uma espécie de método fraudulento no intuito de tirar proveito a partir da ingenuidade e benevolência de incautos.
Assim como qualquer criminoso que se acha acima das leis e ao fazer desdém das autoridades transitam na sociedade como se fosse um respeitado cidadão do bem, os adeptos no 'vai que cola' aparecem em todos os anos eleitorais e são do conhecimento de todos, inclusive de representantes dos órgãos fiscalizadores como o Ministério Público e a Justiça Eleitoral. Nem o mais ingênuo dos ingênuos não é capaz de visualizar as jogadas desses malfeitores, que têm como único objetivo ter privilégios pessoais.
Justo Veríssimo é aquele que só suporta o povo, principalmente o pobre, em época de eleições, depois quer mais é distância. Exatamente como os 'estelionatários eleitorais' de plantão. Um dos mais geniais personagens criado pelo maior humorista brasileiro, Chico Anysio, na década de 1980, o fictício deputado tinha como seu discurso oficial o desprezo pelas regras oficiais e por roubar dinheiro público descaradamente, tendo como sua principal característica o ódio que sentia pelos próprios eleitores. O bordão "Quero que pobre se exploda!" virou um clássico do anedotário brasileiro e, patético e incrivelmente, tem sido o principal sentimento dos que usam a política como uma carreira profissional, em detrimento da luta pelos anseios da população, do coletivo.
Existe também o eleitor "Justo Verissimo", que assim como seu inspirador, faz vistas grossas à corrupção, especialmente dos políticos de sua preferência, mesmo estes estando respondendo processos por atos de improbidade, por, na maioria das vezes, desviar recursos públicos. O eleitor precisa empoderar-se, aprender que é preciso participar, discutir, apresentar ideias e apoiar candidatos que não lhe dará as costas no pós-campanha, que caminharão consigo, dando-lhe vez e voz e sendo amigo e representante não somente daqueles que contribuíram para seu mandato, mas de todos.
A principal característica que faz de um cidadão um bom político é sua capacidade de colocar o interesse público acima dos seus próprios interesses. Acredite.
Por Gervásio Lima
4 comentários
11 de Jul / 2016 às 13h55
Lula é o cara chato que cobrava propina da UTC? Não. Esse era o Aécio. Lula recebia 1/3 da propina de Furnas? Não. Esse é o Aécio também. O helicóptero com 450 kg de cocaína era do amigo do Lula? Não. Era do amigo do Aécio. Lula comandava o estado que roubou 1 bilhão do metrô e da CPTM? Não. Esses são o Serra e o Alckmin. Lula tá envolvido no roubo de 2 bilhões da merenda? Não. É o Alckmin também. Lula pegou emprestado o jatinho do Youssef? Não. Esse era o Álvaro Dias. Lula foi o cara que montou o esquema Petrobras com Cerveró, Paulo Roberto Costa e Delcídio? Não. Esse era o FHC. Lula nomeou o genro diretor da Petrobras? Não. Foi o FHC também. Lula é o compadre do banqueiro André Esteves? Não. Esse era o Aécio, de novo. Lula é meio-primo de Gregório Marin Preciado, aquele que levou US$15 milhões na venda de Pasadena? Não. Esse é o Serra (aquele que a Lava a Jato apresenta com tarja preta pra imprensa). Lula foi descoberto com uma dezena de contas no exterior, ameaçou testemunhas, prejudicou alguma investigação? Não. Esse é o Cunha, aliado da oposição. Lula ameaçou empresários, exigiu 5 milhões de dólares, só de um deles? Não. Esse também é o Cunha, o homem do impeachment da oposição. O filho do Lula aparece na revista de milionários Forbes? Não. É a filha do Serra... O Filho de Lula é o dono da Friboi? Não. A Friboi é dos amigos do PMDB. o Filho de Lula é o dono da OI? Não. Os donos da Oi são a família PSDBista dos Jeressaiti. Isso é para quem acha que Moro e turma querem combater a corrupção!! Por Malu Alves e Ricardo Pavão.
11 de Jul / 2016 às 14h42
Infelizmente professor Gervásio, essa é a essência da política hoje: "Prover o bem para nós (família, amigos, cabos eleitorais, laranjas) também". Isso independentemente de partido político.
11 de Jul / 2016 às 15h20
Ex-jornalista Paulo Nogueira entra em estado confusional Em maio foi publicado que Dilma Rousseff repassou 11 milhões de reais a blogs sujos em 2016. Dez por cento foram para o blog do ex-jornalista Paulo Nogueira. Agora que a vaca emagreceu, Paulo Nogueira entrou de vez em estado confusional. Estimamos melhoras.
11 de Jul / 2016 às 15h30
Ex-jornalista Paulo Nogueira entra em estado confusional Em maio foi publicado que Dilma Rousseff repassou 11 milhões de reais a blogs sujos em 2016. Dez por cento foram para o blog do ex-jornalista Paulo Nogueira. Os contratos firmados às vésperas do impeachment somaram R$ 11,2 milhões - de um total de R$ 94,7 milhões gastos com publicidade na internet. Ao assumir o governo, Michel Temer determinou a suspensão dos pagamentos aos blogs e sites petistas e o cancelamento dos contratos abaixo: - Brasil 247: 2,1 milhões - DCM: 1,11 milhão - Carta Maior (site): R$ 921 mil - Forum: R$ 921 mil - Paulo Henrique Amorim: R$ 865 mil - Opera Mundi (Breno Altman): R$ 83 mil - Luís Nassif: R$ 814 mil (além do contrato com a EBC) - Carta Capital (site): R$ 664 mil - Sidney Rezende: 409,5 mil - CGM: R$ 359 mil - Pragmatismo Político: 219 mil - Blog do Esmael: 169 mil - Viomundo (LC Azenha): R$ 166 mil - O Cafezinho: R$ 124 mil