ARTIGO - OPOSIÇÃO! TOME JUÍZO!

Diz o velho adágio quem sozinho não pode remover um obstáculo por se pesado, convém, que peça ajuda, tornando-se fácil assim, unindo-se forças.

Sobre as eleições municipais em Juazeiro, o prefeito já despontou o nome do candidato de sua preferência para substituí-lo no pleito do ano corrente, no dia 3 de outubro; é um direito que lhe é outorgado, direito subjetivo e democrático. Se o escolhido fora tirado do colete do prefeito e, que não seja um candidato com o expoente ideal para dirigir os destinos da cidade cabe somente ao povo que é soberano, saber julgá-lo.

Com todas as vênias, em vez de se bradar aos quatro ventos que o candidato do prefeito não deve prosperar no seu intuito, é melhor a oposição ter estratégia e a aquiescência recíproca entre os postulantes, impedindo, então, que o pendão da vitória não venha a tremular com garbo para o deleite do Príncipe e do seu indicado. Permanecendo recalcitrantes na beocidade vão rojar desnutridos pelas veredas toscas da ilusão eleitoral. Subestimar um candidato ao Principado não apraz o bom senso, pois a peneira seletiva é ofício do povo.

Já é consuetudinário o sabor da perda da oposição, que se mostra sempre desequilibrada, uma verdadeira desdita, à raia do masoquismo, simplesmente dominada pelo egoísmo insensato em ser irredutível em não se chegar ao consenso que se deve abraçar, se unir sem o sentimento nocivo de que cada um é o “primus inter pares,” (primeiro entre os seus pares) ferindo dessa maneira o princípio em que política prevalece humildade, desprezando a avidez, ambição doentia, para não atropelar o ideário. Ressaltando-se que, as eleições para o alcaide municipal em Juazeiro não há segundo turno, quando poderiam os respectivos intransigentes se despertar do sonâmbulo areado.

Espera-se lucidez da oposição ao pleito municipal que ora se aproxima, deixando a síndrome de renitente, conciliando-se notadamente, com o raciocínio lógico de política entre os partidos, escolhendo um só candidato oposicionista para enfrentar a máquina municipal e, caso não obedeça ao óbvio, jamais a oposição poderá cantar o hino da vitória. A menos que processem o diletantismo, disputando o aludido pleito só por folguedo, diversão.

É preciso que a oposição faça uma autocrítica, saber se de fato está gozando do apreço do povo, pois a melhor fortaleza de um candidato a cargo eletivo é saber que não é odiado pelo povo. “Quem se apoia no povo se torna firme na lama!” “Non possumus non loqui” (Não podemos deixar de falar).

A oposição juazeirense, não tendo a consciência de união, escolhendo um só candidato com vistas à prefeitura municipal, permanecendo na vaidade entre si, pode desistir de lançar um nome para tal fim, pois a decepção será infalível, sendo “acariciada” pelo azorrague (açoite, castigo e suplício), nunca conseguindo os raios fúlgidos da vitória eleitoral. Um dilúvio de falenas – candidatos – sem o senso crítico, sangue novo nas ideias democráticas, com certeza vai fatigar em vão e chorar no muro das lamentações.

A vaidade, orgulho e egoísmo constitui o cancro da alma, se esbarrando na fornalha das trevas! A burrice política sem reflexão é diabólica, dirigindo-se, portanto, para sepulcro da derrota sem direito à condolência e encomendação!

OPOSIÇÃO! TOME JUÍZO!

Geraldo Dias de Andrade é Cel. PM\RR – Cronista – Membro da ABI\Seccional Norte – Escritor – Bel. em Direito – Membro da Academia Juazeirense de Letras.