Nesta segunda-feira (23) aconteceu em Curaçá uma audiência pública que teve como pauta a situação do matadouro da sede do município, interditado desde o fim do mês de abril, e ainda dos que estão localizados no Distrito de Riacho e no Povoado de Pedra Branca. O Evento foi realizado na Câmara Municipal (CM), reunindo representes dos poderes executivo e legislativo, marchantes e sociedade civil como um todo, além de representantes de instituições: Associação de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB); Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) e do Matadouro Campo Gado de Juazeiro.
O Chefe de Departamento Pecuária da SMDR, Marcos Vinícius Borges, apresentou, por meio de slide, a realidade atual do matadouro de Curaçá e a necessidade de adequação, diante das exigências impostas pelas fiscalizações. Anselmo Vital (Inema) ressaltou que os matadouros de Curaçá estão localizados em Áreas de Preservação Permanente (APP), próximos ao Rio São Francisco, sugerindo a viabilização, junto aos deputados, de emendas para a construção de um matadouro que atenda as demandas do Município.
Valtércio Leal da ADAB sugeriu que o abate fosse realizado por empresas privadas. Gustavo Machado, Abatedouro Frigorífico - Campo Gado de Juazeiro, exemplificou os preços para se abater animais em Juazeiro e convidou os marchantes para visitarem o matadouro Campo Gado, bem como destacou que cederia uma câmara fria para o armazenamento das carcaças dos animais.
"É inviável o abate em Juazeiro, pois as carnes vão ficar com preços altíssimos, mesmo que a Prefeitura arque com custo de transporte, como foi apresentada essa possibilidade", disse o Vereador Beto. Os marchantes também discordaram da possibilidade. "Não temos como arcar com o transporte desses animais dos distritos para Juazeiro", destacou João Ventura. O Técnico Agrícola Ticiano Félix também se posicionou contra a privatização de parte do serviço. "Precisamos pensar em uma maneira mais viável para construir o nosso matadouro, nem que seja com uma planta mais simples", comentou. Wilson Costa, filho de marchante, da Fazenda Cerca de Pedra, lembrou que é preciso zelar pela sanidade do animal e da carne comercializada. "Multas serão aplicadas ao produtor que descumprir as determinações". Januário Ferreira e Beto Araújo também defenderam a construção de um matadouro.
Ainda durante o Evento, os vereadores sugeriram a formação de uma comissão composta por marchantes, produtores rurais e membros dos poderes Executivo e Legislativo (representado por Flamber Feitosa), com o objetivo de realizar reunião no gabinete do Prefeito Carlinhos Brandão. A Comissão foi recepcionada pelo Gestor Municipal. Na oportunidade, foi sugerida uma reunião com o Ministério Público para discutir um possível Termo de Ajuste de Conduta (TAC), de acordo com as condições do Município, até que o problema seja solucionado.
Com informações da Ascom/Curaçá
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