Recentemente a imprensa com destaque noticiou um convite da centenária Associação Comercial da Bahia a Prefeitura de Juazeiro para apresentar as nossas potencialidades ao empresariado soteropolitano. Num primeiro olhar reconhecemos tratar-se de uma oportunidade ímpar para promover e divulgar a nossa cidade como um polo importante de desenvolvimento no Estado e tentar nesse momento de crise atrair novos prováveis investidores. A nossa alegria e otimismo se esgota quando nos debruçamos com a nossa triste realidade e numa forma simples de traduzir essa nossa preocupação não seria impertinente fazermos uma analogia ao comportamento de uma dona de casa quando surpreendida por visitas inesperadas, está com a sua residência virada de cabeça para baixo, totalmente suja e desarrumada.
Leitores amigos, vejamos se tenho razão e para tanto os convido para fazermos um passeio pela JUAZEIRO DA MUDANÇA oito anos após acreditarmos nas propostas de um empresário até então aparentemente bem sucedido que se escondia por trás da caricatura de um falso aboiador, ainda sem gibão e chapéu de couro; se chegarmos a Juazeiro pela BR 407 somos inicialmente surpreendidos por uma imponente edificação que pelo formato arquitetônico logo nos remete a um SHOPPING CENTER prestes a ser inaugurado, a primeira boa impressão fica por aí, se tiver chovido nesse dia veremos a imponente construção ilhada e o que fica evidente é que houve erro de engenharia na sua implantação erguendo-o numa cota inferior as principais vias de acesso ou é a natural falta de infraestrutura de drenagem em toda área do seu entorno. Seguimos em frente, já na segunda rotatória imaginamos estar diante de um condomínio favelizado e aí se estendermos as nossas curiosidades além dos muros sem rebocos, do gradil enferrujado e retorcido logo perceberemos tratar-se de um mercado, um entreposto de comercialização de frutas e outros produtos agrícolas. Mesmo decepcionados com o visual sabemos que graças a pujança da nossa atividade agrícola, em meio aquele ambiente degradado, sujo e malcheiroso funciona um dos maiores centros de abastecimento hortifrutícolas do Brasil, o nosso MERCADO DO PRODUTOR e que apesar de movimentar milhões de reais em negócios, as taxas e tributos ali recolhidos fazem parte dos muitos negócios sombrios e mal explicados da municipalidade.
Marizalda Alves - Cidadã juazeirense e de olho na política de Juazeiro
9 comentários
24 de Feb / 2016 às 03h06
Rapaz, tô besta com essa marizalda. Essa mulher é muito sapiente e transparente. Que belo texto. É godim, agora vc achou alguém que faça frente a vc. Não tem Desculpas, ela coloca as fotos e o texto com embasamento s.
24 de Feb / 2016 às 06h29
A pura realidade de nossa vidade
24 de Feb / 2016 às 06h57
EXCELENTE ARTIGO,A MUITO TEMPO NAO ENCONTRAVA ALGO TAO BOM.PRECISAMOS DE MUITO OUTROS DESSE NIVEL,COLOCOU AS COISAS COMO SÃO MELHOR PUBLICAÇÃO DO BLOG
24 de Feb / 2016 às 09h47
A verdade dói, não é mesmo?
24 de Feb / 2016 às 12h14
Artigo realista, sem conotação política. Muito bom!
24 de Feb / 2016 às 13h51
Artigo bem elaborado em que pese o viés político partidário,mas sem sombra de dúvidas um espelho real da nossa cidade.
24 de Feb / 2016 às 19h38
Parabéns à cidadã Juazeirense Marizalda Alves pelo texto irretocável e verdadeiro. Que sirva de reflexão e alerta para todos nós em ano de eleição municipal.
24 de Feb / 2016 às 19h39
Parabéns à cidadã Juazeirense Marizalda Alves pelo texto irretocável e verdadeiro. Que sirva de reflexão e alerta para todos nós em ano de eleição municipal.
25 de Feb / 2016 às 09h45
Sensacional o seu texto Marizalda. Uma realidade mostrada "nua e crua", de forma clara e transparente e totalmente desprovida de "politicagem". Essa é a verdadeira situação em que vive a nossa Juazeiro e a sua MENTIROSA E INCOMPETENTE Administração. Valeu!!!!