PREOCUPANTE: BANDA MUSICAL DO 3º BPM/J EM FASE TERMINAL!

Banda do 3º BPM/J – Desfile 07 de setembro de 2008

Foi num papo amistoso, ainda no primeiro semestre de 2008, que recebi duas notícias, uma boa e outra ruim. A boa, que a banda de música do 3 BPM/J iria completar no dia 07 de setembro 50 anos de existência e a ruim que não tinha farda para o desfile, tudo indicava que usariam o uniforme da diária, todo descorado, surrado, sem vida.

Encetamos uma campanha que começou com a divulgação de um texto no programa Sem Fronteiras, da Rádio Juazeiro, conduzido à época pelo radialista Geraldo José, cujo título era: “Com Que Roupa”, inspirado num clássico musical do grande Noel Rosa. Com a participação do então vereador Crisóstomo Lima, hoje deputado estadual, do diretor da Agrovale, Carlos Gilberto Farias, “In memoriam” e o engajamento da sociedade, conseguimos depois de muito sufoco comprar em Salvador a tão desejada farda de gala que a “furiosa” garbosamente desfilou no 07 de setembro de 2008.

Tudo muito bom, tudo muito bem, eis que sou mais uma vez procurado (não sei o motivo do replique), mas vamos ao que interessa: A banda do 3º BPMJ é composta atualmente pelo baixíssimo número de 24 componentes, um dos menores efetivos da sua cinquentenária histórica existência, sendo que quatro foram incorporados recentemente, oriundos de companhias da PM da nossa cidade.

Sem drama vamos ao cerne da questão. 06 membros da banda estarão indo para reserva remunerada até o mês de abril, no mais tardar maio deste ano, o que reduzirá, pasmem os senhores e senhoras, o efetivo para 18 (dezoito) componentes, (três filas de seis). O 3º batalhão se transformou em escola, menos de música. Não existe um trabalho de formação de jovens policiais músicos que serviriam como peças de reposição, já que a vida útil dos atuais tem tempo determinado. Antes que venhamos chorar o leite derramado, antes de voltarmos com a velha retórica de que Juazeiro é a terra do já teve. Em 1984, sob o comando do coronel Mário de Andrade, o 3º BPM/J realizou um concurso especial. Naquela oportunidade 25 (vinte e cinco) soldados músicos foram integrados, de uma só vez a banda do 3º. Repetir a ação seria a solução para o gravíssimo problema.

Que fique claro que este concurso só aconteceu em Juazeiro. Outra sugestão é repetir o que fez o Botafogo, (não o glorioso), mas o do 3º batalhão, quando disputou campeonatos juazeirenses de futebol no final dos anos 60 e incio dos anos 70, chegando ao cobiçado título de super, super campeão no ano de 1971. A “tática” era a seguinte: Onde tivesse policial jogador de futebol em atividade em qualquer batalhão do interior o destino era o 3º em Juazeiro, a fim de integrar o Botafogo. Nesta leva vieram vários: Passarinho, Manjuba, Sabará, Poroba, dentre outros. Defenderam a agremiação, alguns constituíram famílias por aqui e nunca mais saíram. ´

Urge que se use a mesma estratégia com a banda, que venham  os policiais músicos dos mais distantes rincões do território baiano. Vamos aproveitar que temos o coronel Anselmo Brandão, no comando geral da PM da Bahia e resolver este gravíssimo problema. E não venham depois com desculpas esfarrapadas por favor!

José Raimundo dos Santos (Negão do Edson)