Publicação da jornalista Natália Portinari, desta quinta-feira (13) no UOL, aponta que pelo menos 44 municípios da Bahia, dentre cerca de 400 investigados no Brasil, figuram na lista do Ministério Público Federal, com indicativo de investigação para prestação de contas de valores destinados via emendas pix.
O município de Tucano aparece em destaque na lista, por ter recebido um valor expressivo, de quase R$ 12 milhões, sem explicar, conforme denúncia do MPF, a destinação dos recursos.
Uma coincidência deixa o caso mais nebuloso: o prefeito de Tucano é Ricardo Maia Chaves, filho deputado federal baiano, Ricardo Maia, do MDB.
Outro parlamentar que terá que explicar emendas suas é o senador Ângelo Coronel (PSD-BA), relator do Orçamento de 2025, que aparece com emendas destinadas a 5 municípios, sem a comprovação dos serviços, de acordo com o MPF.
Dos 400 municípios investigados, o MPF já recomendou a abertura de processos criminais em 361 deles. A Bahia teria sido destino de cerca de R$ 66 milhões que estão passíveis de prestação de contas. Na relação do MPF a Bahia lidera em valores a serem investigados, com R$ 66 milhões sob suspeita, seguido por são Paulo, com R$ 17,8 milhões; Minas Gerais com R$ 14,6 milhões; Rio Grande do Sul, com R$ 13,5 milhões e 197 milhões distribuídos pelos demais estados.
O MPF recomendou, que no caso de omissão nas prestações de contas, os prefeitos respondam ação criminal por crime de responsabilidade.
O prefeito de Tucano, Ricardo Maia Filho, ao UOL, justificou que o município prestou contas à CGU (Controladoria-Geral da União) sobre como usou a emenda e o senador Ângelo Coronel afirmou que “irá procurar os prefeitos em questão para orientar sobre a necessidade de apresentar os planos de trabalho”.
Foto: Antonio Augusto / Secom / PGR
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