Ministra da Cultura Margareth Menezes discute proposta de candidatura Chapada do Araripe Patrimônio da Humanidade

A proposta de candidatura da Bacia Cultural Sócio Biodiversa da Chapada do Araripe – Patrimônio Dá Humanidade foi inserida em março de 2024 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na lista Indicativa brasileira de bens que tem potencial para o reconhecimento como Patrimônio Mundial da Unesco.

É um passo importante e o primeiro estágio a potencial escolha da Região para receber a chancela de Patrimônio Mundial Misto – que possui valor tanto natural quanto cultural.

Por este motivo o Ministério da Cultura, IPHAN, Governo do Estado do Ceará, Fecomércio Ceará e Fundação Casa Grande continuam empenhados e em dialogo sobre o reconhecimento da Bacia Cultural Sociobiodiversa da Chapada do Araripe a Patrimônio da Humanidade, bem como articular o processo de vinda da missão de assessoramento da Unesco à região do Cariri.

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Na última terça-feira (04) estiveram presentes na reunião a Ministra da Cultura Margareth Menezes, Luiz Gastão, Deputado Federal e Presidente da Fecomercio Ceará, Leandro Grass, Presidente do IPHAN, Juliana Bezerra, Assessora de Relações Internacionais do IPHAN, Fabiano Piuba, Secretário de Formação Cultural, Livro e Leitura do MinC, Luiza Cela, Secretária de Cultura do Ceará, Tiago Santana, Presidente do Instituto Mirante Tiago Santana e Alemberg Quindins, criador da Fundação Casa Grande - Memorial do Homem Kariri. 

Os estudos preliminares para elaboração de informações sobre a Chapada do Araripe tiveram início em 2019, com a realização do 1º Seminário Internacional para discutir a ideia da candidatura a ser proposta. De acordo com a Unesco, a partir de 2020, o Iphan, a Fundação Casa Grande, a Secretaria da Cultura do Estado do Ceará (Secult), a Fundação Cearense de Amparo à Pesquisa (Funcap), a Universidade Regional do Cariri (Urca), e o Fecomércio / Sesc Ceará, mapearam o território da Chapada e identificaram um conjunto de bens naturais e culturais com potenciais valores universais excepcionais que justificariam a inclusão do bem na Lista Indicativa do Patrimônio Mundial.

A Chapada do Araripe abrange áreas dos estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. No local há bens que remontam a 180 milhões de anos, abrigando a memória de formação geológica da terra e registros arqueológicos da presença humana do passado. “São sítios arqueológicos entendidos como sítios mitológicos também. É uma bacia cultural rica e diversa, que agrega uma série de referências culturais do homem que habita milenarmente esse território, onde a arte popular, os saberes, as celebrações e ritualísticas estão presentes ainda hoje, e são transmitidos para futuras gerações, reforçando a riqueza de sua dinâmica cultural”, pontua Candice Ballester.

De acordo com o secretário de Formação, Livro e Leitura do Ministério da Cultura (MinC), Fabiano Piúba, a candidatura da Chapada resulta de trabalho coletivo e social, que envolve diversas instituições, e demonstra a importância do local para a história da humanidade. “A candidatura da Chapada do Araripe reúne o patrimônio cultural, no contexto do sertão do Cariri, e o patrimônio natural, com a Floresta Nacional do Araripe, e as camadas históricas que estão ali escritas nas pedras, na arqueologia e na paleontologia. É uma candidatura que se relaciona com um plano de desenvolvimento sustentável da região, compreendendo a diversidade cultural e a biodiversidade da Chapada”, pontua o secretário.

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