Ministério da Saúde alerta prefeitos e governadores para o aumento de casos de dengue e Chikungunya

No Brasil, o Ministério da Saúde fez um alerta a prefeitos e governadores para o aumento de casos de dengue e chikungunya. Agentes saem em grupo para encontrar possíveis focos do mosquito. A aposentada Maria Alice Godoy liberou a casa. Depois de pegar dengue três vezes, ela sabe a importância da fiscalização.

"Se eu não cuido aqui, fatalmente eu estou comprometendo a minha vizinhança. Eu acho que o papel da gente aqui é fazer isso com todos. É um auxiliar o outro”, diz.
A fiscalização é de porta em porta. Um cuidado necessário. O ano de 2024 fechou com 6,6 milhões de casos de pessoas com dengue e 6 mil mortes. E o Ministério da Saúde já trabalha com um possível agravamento desse quadro nos primeiros meses de 2025. A projeção é mais preocupante para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná.

O ministério alerta ainda para o aumento da circulação no país inteiro da variante, o sorotipo 3 da dengue. Os sorotipos mais comuns são o 1, seguido do 2. A circulação do tipo 3 pode elevar os casos, já que boa parte da população não possui essa imunidade.

Estados e municípios devem ficar atentos. Os casos suspeitos devem ser notificados imediatamente. Óbitos suspeitos, investigados com prioridade. Horários de atendimento em postos e hospitais, ampliados. E priorizada a capacitação profissional e a vacinação de crianças e adolescentes.

"Cabe aos estados e municípios, principalmente, fazer essa vacinação, chamar, fazer ações mais focalizadas, onde estão tendo mais casos, para chamar essas crianças e adolescentes para vacinação”, afirma Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.

O infectologista Antônio Bandeira diz que a prioridade agora deve ser mesmo evitar os focos:

"É colocar os municípios para trabalharem a sua casa. Então, assim, os municípios têm que vasculhar as casas, tem que ver onde tem casos de crescimento de Aedes aegypti, limpar o lixo, colocar aqueles larvicidas para matar as larvas do Aedes aegypti. Então, isso é fundamental, esse trabalho”, afirma Antônio Bandeira , consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

jornal Nacional Foto Agencia Brasil Jose Cruz