"Não dormimos nada. Viemos de quatro irmãos, para ajudar a reconhecer o meu irmão mais rápido, tirar DNA e dar um alívio para a família. Está todo mundo esperando para o velório na Bahia. Mas não chamaram ninguém para o reconhecimento desde que chegamos, 5h (de domingo)".
A voz pesada da lavradora Lucinalva Ribeiro Dias, de 55 anos, traz as marcas da tristeza e do cansaço dos parentes dos 41 mortos no desastre entre um ônibus, uma carreta e um carro, na madrugada do dia (21), na BR-116, em Teófilo Otoni.
No fim da manhã de domingo, os parentes que vieram de São Paulo, da Bahia e do interior de Minas Gerais reclamavam de não terem podido ainda ser levados para reconhecer os corpos. Mas muitos só poderão ser identificados após coleta de material genético dos pais, irmãos e familiares para comparativo.
"A equipe da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está toda mobilizada para dar uma resposta o mais rápido possível. A gente se solidariza com a dor dos familiares. A gente quer que essa identificação ocorra o mais rápido possível. Obviamente respeitando os critérios técnicos relativos aos trâmites periciais", afirma o perito criminal da PCMG, Felipe Dapieve.
Jornal Estado de Minas Foto CBMG
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