O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o relatório de avaliação das eleições de 2024, que reúne estatísticas e análises de dados, a partir de respostas de questionários coletadas dos tribunais regionais eleitorais (TREs) de 26 das 27 unidades federativas — a exceção é o DF, que não tem eleição para prefeitos e vereadores.
A presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, destacou que, pela primeira vez, o relatório foi além das estatísticas, incluindo resultados de análises e de reuniões das justiças estaduais. "Isso é importante porque poderia parecer um relatório só estatístico, e não é".
Em uma comparação entre o novo modelo apresentado com as edições anteriores, Cármen Lúcia afirmou que, sem as análises acrescentadas neste ano, com a ponderação de pontos positivos e negativos, o que se tinha eram "dados estatísticos soltos". "Sem o cotejo com todos os dados e (sem) o contexto no qual aconteceu, e com todos os dados do Brasil inteiro, significa quase um palpite dado", comentou a ministra.
Em 2024, 122 milhões de pessoas foram às urnas nos 5,5 mil municípios do país. Mais de 1,8 milhão de jovens de 16 e 17 anos tiraram o título de eleitor, número 78% maior que em 2020. Os eleitores facultativos, com mais de 70 anos, somaram 15 milhões.
Neste ano, a biometria chegou a 129 milhões de pessoas, o equivalente a 81,7% dos eleitores. A presidente do TSE anunciou que a meta é chegar a 100% no próximo pleito, em 2026. Outro objetivo é diminuir o número de abstenções. Segundo ela, esses dados ainda não são claros no relatório e precisam de ter uma curadoria mais apurada. Atualmente, a abstenção de eleitores obrigatórios (maiores de 18 anos) e facultativos (mais de 70 anos, com idade entre 16 e 18 anos e analfabetos) é contabilizada na estatística, mas apenas o voto obrigatório deveria ser considerado.
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