João Campos deve assumir presidência do PSB em 2025

O prefeito do Recife, João Campos (PSB-PE), deve assumir a presidência nacional do PSB em 2025. Atualmente, ele ocupa o cargo de vice-presidente do partido.

Campos foi reeleito na capital pernambucana com 78,11% dos votos válidos. Filho do ex-governador Eduardo Campos (PSB), que esteve à frente do PSB por quase dez anos (2004-2015), integra o grupo mais jovem da legenda, junto com Tabata Amaral (PSB-SP).

Ele foi escolhido como sucessor pelo próprio presidente do partido, Carlos Siqueira, cujo mandato termina em maio do próximo ano.

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Campos conseguiu pavimentar seu caminho como uma das principais lideranças do PSB e tem bom desempenho nas redes sociais, campo que costuma ser dominado por figuras da direita como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o candidato derrotado à prefeitura de São Paulo Pablo Marçal (PRTB-SP).

Para oficializar a transição, o prefeito precisa ser aprovado em votação pela Executiva Nacional do PSB. Segundo interlocutores, o processo já está encaminhado e é praticamente impossível que a indicação seja barrada. O anúncio deve ocorrer no primeiro semestre do ano que vem.

Siqueira, no entanto, tem evitado antecipar declarações sobre o tema e afirma que a sucessão será discutida no momento oportuno.

Na base do PSB, há divisões sobre o futuro da liderança. Uma ala vê em Campos a oportunidade de fortalecer a legenda, enquanto outra defende que o cargo seja ocupado por alguém desvinculado das eleições de 2026.

Um integrante, ouvido sob reserva, pondera que a agenda política do prefeito do Recife pode limitar seu desempenho à frente do partido. Isso porque, logo após assumir a presidência, ele provavelmente estará focado na campanha do governo de Pernambuco.

Siqueira frequentemente elogia o prefeito. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, classificou-o como um exemplo de inovação, renovação e competência na política brasileira.

Aliados do ex-deputado afirmam que a escolha dele como dirigente do partido faz todo sentido, uma vez que hoje Campos é visto como " nova cara" do PSB.

Ele participou diretamente da negociação para filiação de figuras como o ministro Flávio Dino, hoje ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), do vice-presidente Geraldo Alckmin, de Marcelo Freixo e de Tabata.

A ideia é que, nos próximos anos, o prefeito se consolide ainda mais como articulador político e consiga trazer mais nomes de peso para o partido, que sejam competitivos eleitoralmente e aumentem a representatividade do PSB no Congresso Nacional, assim como o número de governadores e prefeituras.

Ao assumir o cargo no partido, o chefe do Executivo do Recife seguirá o exemplo do pai, que esteve à frente do PSB por mais de dez anos (2004-2015).

Bahia Notícias/Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputado