A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) é uma das representantes das organizações da sociedade civil na Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. A rede formada por mais de 3 mil entidades com atuação no Nordeste e em Minas Gerais participou do “Sprint de Soluções de Acesso à Água em Comunidades Vulneráveis 2030”, durante o G20 Social, no Rio de Janeiro. Esse grupo que debate a segurança hídrica conta ainda com Bolívia, Chile, Paraguai e Senegal.
“Como uma das fundadoras e signatárias da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, a ASA anunciou as metas para os próximos anos. Até 2030, queremos universalizar o acesso à água de qualidade para consumo, ampliar o número de famílias agricultoras com água para produção e com saneamento rural”, afirmou a coordenadora executiva da ASA Brasil, Glória Araújo.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é uma iniciativa inédita liderada pelo Brasil, atual presidente do G20 (grupo das maiores economias do mundo) que une outros países, bancos de desenvolvimento e organizações sociais. O objetivo é facilitar a implementação de políticas públicas já testadas com sucesso em diferentes territórios — como o Programa Cisternas executado há 20 anos pela ASA — em nações pobres ou de renda média baixa.
De acordo com o Governo Federal, cerca de 700 mil famílias rurais de baixa renda vivem no Semiárido sem acesso à água potável para beber e cozinhar. Quando se trata de água para a produção de alimentos, o déficit chega a quase 800 mil reservatórios. Além disso, aproximadamente 1.000 escolas rurais ainda não têm fornecimento regular de água. Para suprir essas demandas, é necessário um investimento na ordem de R$ 33 bilhões.
Asa Foto divulgação
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