Uma comissão parlamentar de inquérito (CPI), autorizada presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para investigar as apostas online, conhecidas como bets deve ser instalada após o segundo turno.
O pedido para abertura do grupo foi feito pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS).
Ao Metrópoles, a parlamentar detalhou que o colegiado só deve ser instalado no fim deste mês. Ela pretende ser a relatora da CPI, enquanto para presidência e vice-presidência são ventilados os nomes dos senadores Dr. Hiran (PP-RR) e Eduardo Gomes (PL-TO), respectivamente.
“Esta CPI trata de bets ilegais, essas que têm sede fora do Brasil e agora já está tendo dentro, mas não está permitido ainda. Vamos analisar evasão de divisas, lavagem de dinheiro, envolvimento do crime organizado, envolvimento de celebridades e influencers num contexto de possível estelionato”, disse a senadora.
De acordo com a apuração do portal, o grupo pretende trabalhar em conjunto com os Ministérios da Fazenda e dos Esportes, Receita Federal e Polícia Federal. “A gente vai ter cunho social, não só investigativo”, ressalta Soraya.
“Tem muita gente apostando e se envolvendo com agiotas, sendo ameaçado de morte, pessoas atentando contra a própria vida”, cita a senadora. “Tem gente internada em clínica, a coisa tá muito séria”, completou.
O anúncio foi feito em plenário por Pacheco e agora cabe aos líderes partidários indicarem os senadores que vão compor a CPI, que terá 11 membros titulares e sete suplentes e funcionará por 130 dias, com limite de despesas de R$ 110 mil para exercer as atividades.
O bloco composto por PSB, PT e PSD terá quatro cadeiras titulares e duas de suplência. Já MDB e União dividem três titulares e dois suplentes. PL e Novo podem indicar dois titulares e um suplente. Os blocos Independência (PDT, PSDB e Podemos) e Aliança (PP e Republicanos) poderão indicar um titular e um suplente cada.
A CPI analisará “a crescente influência dos jogos virtuais de apostas on-line no orçamento das famílias brasileiras, além da possível associação com organizações criminosas envolvidas em práticas de lavagem de dinheiro, bem como o uso de influenciadores digitais na promoção e divulgação dessas atividades”.
A Tarde/Foto: Pedro França/Agência Senado
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