A REDEGN conversou com lideranças que atuam na zona rural de Juazeiro e Petrolina. A situação é dramática. Sem chuvas e não há previsão para os próximo dias. O cenário é de “Vidas Secas” denuncia o descaso social e a exploração humana mostrada na obra de Graciliano Ramos retratando em 1938. o drama de uma família nordestina, comum ainda hoje no Brasil.
Ano passado a REDEGN destacou reportagem: Sol abrasador dos Sertões e a inoperância das políticas públicas para o convívio com as secas-Veja Aqui. Passados meses e dias a situação "só piorou"; Nem mesmo o ano de eleições 2024 fez com que as autoridades dessem prioridade a política pública de convivência com a seca.
No Sítio Baixa Alegre agricultores estão queimando mandacaru para alimentar os animais.
No assentamento Lindolfo Silva, localizado em Petrolina, os agricultores estão sem água e pedem providências ao menos de um carro pipa para abastecer a localidade. "Estamos sem água até para alimentação e beber. Vendia duas cabras para comprar um carro pipa que está sendo comercializado a duzentos reais".
O Governo Federal ressaltou que essa é a maior seca que o país viveu nos últimos 75 anos e que as mudanças climáticas agravam a situação.
Com exclusividade a REDEGN obteve a informação, através da Defesa Civil, que em Juazeiro a última chuva intensa no município aconteceu no mês de abril, quando os órgãos de meteorologia registraram um volume de cerca de 100mm.
A sensação térmica em Juazeiro e Petrolina é mais de 40 °C nesta época do ano. Segundo meteorologistas, além da estiagem neste ano, fatores humanos contribuem com o aumento da temperatura na região. Até o próximo mês de outubro o municipio, de acordo com a Defesa Civil, continua em situação de emergência, através do Decreto do Governo Federal. O decreto deve ser renovado.
Agricultores da zonara rural de Petrolina vivem o mesmo drama. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, também reconheceu Petrolina em situação de emergência por conta do enfrentamento a estiagem.
A portaria foi assinada por Wolnei Wolf Barreiros , secretário nacional de Proteção e Defesa Civil. O mesmo decreto também reconhece situação de emergência em municípios dos estados de Alagoas, Paraíba e Sergipe.
A umidade relativa do ar atingiu valores extremos, no dia 27 de agosto foi de 10% e no dia 26 de maio em Juazeiro, 12%. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a umidade relativa do ar ideal para saúde é entre 50% e 80% – por isso quando o nível fica entre 20% e 30% as regiões entram em estado de atenção.
A umidade do ar a 10%, por exemplo, é um nível compatível com o do Deserto do Saara, por exemplo. O impacto dessa condição é sentido pelas populações urbanas e rurais, nesse caso, mais especificamente as plantas.
redação redegn Foto e Texto Ney Vital
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