O preço das uvas brancas sem semente continua pressionado no Vale do São Francisco, entre os Estados de Pernambuco e Bahia. O monitoramento foi feito entre 2 e 6 de setembro por pesquisadores da Hortifrúti Brasil/Cepea, que, embora estimassem um aumento da oferta do produto para o período, identificaram dificuldades na comercialização e, como resultado, alta nos preços.
Segundo apuraram as entidades, há relatos de produtores e distribuidores sobre as dificuldades acentuadas na comercialização, uma vez que os frutos estão castigados pela seca. Isso causou depreciação de preço, porém o mercado não apresentou reação significativa nas compras.
“Neste cenário, a baixa demanda tem levado ao aumento dos estoques. No entanto, produtores já sinalizam uma produtividade aquém do esperado para este segundo semestre, e esse cenário, somado ao fortalecimento das exportações nas próximas semanas e às taxas de câmbio favoráveis, pode resultar em uma oferta mais controlada no mercado interno”, avaliam as entidades.
A expectativa é de que a consolidação das exportações de uvas brancas estimule uma reação no mercado interno, contribuindo para o reequilíbrio dos preços.
Por outro lado, o preço da BRS vitória segue em uma curva ascendente, refletindo a boa procura nas últimas semanas e estoques mais controlados para a variedade. “Esse cenário mais favorável para os agentes de mercado tem se refletido no campo, permitindo uma melhor remuneração aos produtores.
Nesta semana (02 a 06/09), a uva branca sem semente embalada fechou com média de R$ 11,42/kg, recuo de 2,9% em relação à semana anterior. Para a BRS vitória, as médias foram de R$ 9,53/kg para a fruta embalada e de R$ 6,70/kg no contentor, incrementos de 1,9% e 19,6%, respectivamente”, aponta o boletim.
Globo Rural Foto: Tony Oliveira / CNA
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