Univasf inaugura Laboratório de Robótica Educativa em parceria com o Ministério das Comunicações

Visando aprimorar o ensino de ciências nas escolas públicas, a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em parceria com o Ministério das Comunicações (MCom), lançou dia 22, o projeto “Da Inclusão Digital à Robótica Educativa”, com a inauguração do laboratório de robótica no Espaço Plural, em Juazeiro (BA).

A proposta busca desenvolver, a partir de aplicações de robótica, habilidades de raciocínio lógico para alunos do ensino médio ou fundamental que têm deficiência no rendimento escolar nas áreas de exatas.

Estiveram presentes na inauguração o secretário de Telecomunicações do MCom, Hermano Barros Tercius, o reitor da Univasf, Telio Nobre Leite, e a vice-reitora Lucia Marisy de Oliveira.

A iniciativa faz parte do projeto-piloto Sertão Conectado, do MCom, em parceria com o Centro de Recondicionamento de Computadores (CRC) da Univasf. Além de Juazeiro, o projeto “Da Inclusão Digital à Robótica Educativa” terá funcionamento em mais três laboratórios, nas cidades de Campo Formoso (BA), Senhor do Bonfim (BA) e São Raimundo Nonato (PI), e capacitará estudantes de 10 a 18 anos e professores para atuarem posteriormente com os alunos. Em cada sala haverá seis computadores e dois tipos de kits de robótica: um para crianças e outro para os estudantes mais velhos.

O projeto seguirá até 2026, com a previsão de capacitar 600 estudantes e professores. Durante a inauguração, foram realizadas demonstrações das aplicações de robótica para os estudantes do Colégio Estadual Rui Barbosa, em Juazeiro. “Achei muito interessante; é algo novo para a gente. Uma experiência diferente da sala de aula. A robótica é um campo de estudo muito atrativo”, disse Rogério Feitoza, estudante do 9º ano, empolgado com a experiência.

Nos laboratórios, serão realizadas oficinas nas quais serão ensinados conceitos de lógica, programação, eletrônica, mecânica e robótica em geral. Segundo Jadsonlee da Silva Sá, docente do Colegiado de Engenharia da Computação e colaborador do projeto “Da Inclusão Digital à Robótica Educativa”, será feito o monitoramento dos estudantes antes e após as oficinas; ou seja, será avaliado se houve melhora no comportamento deles em sala de aula e no rendimento escolar. “A robótica em si, sua aplicação, é importante porque estimula a questão cognitiva do estudante. Isso traz muitos benefícios, como o aumento da criatividade, da concentração, do raciocínio lógico e da capacidade de resolução de problemas no dia a dia”, pontuou o professor.

“Nosso objetivo é melhorar o desempenho dos estudantes das escolas públicas para que eles consigam ingressar na Universidade Federal. Queremos alcançar aqueles que possuem alguma dificuldade em física, química e matemática, que são exatamente as disciplinas que requerem um raciocínio lógico mais aprofundado e que as escolas públicas, muitas vezes, não dispõem dos equipamentos necessários para melhorar o ensino dessas disciplinas”, disse a vice-reitora Lucia Marisy durante a inauguração do laboratório de robótica em Juazeiro (BA).

O secretário das Telecomunicações, Hermano Tercius, afirmou que, a partir deste projeto, poderá haver a expansão como política pública para todo o Brasil. “Serão quatro laboratórios-modelo que pretendemos utilizar como projeto piloto. Esta é a segunda parceria que fazemos com a Univasf e confiamos que, a partir daqui, conseguiremos expandir para todo o Brasil, para que os estudantes possam resolver problemas na prática, entender as matérias teóricas de maneira prática, especialmente aquelas de mais difícil compreensão, e também melhorar sua motivação para as aulas”, afirmou o secretário.

Segundo o reitor Telio Leite, o projeto é importante para despertar nos estudantes da educação básica o interesse pela área de ciência e tecnologia, cujo desenvolvimento é fundamental para a soberania do país. “Através desse projeto, fazemos a ligação entre a Educação Superior e a Educação Básica, contribuindo com estratégias e metodologias para melhorar o ensino, com a formação de professores e também com o desenvolvimento de um processo de ensino-aprendizagem mais atraente”, finalizou.

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