PT e PL são partidos com mais deputados que devem concorrer nas eleições municipais

As convenções partidárias para as eleições municipais deste ano começaram no último  sábado (20) e, até o momento, 97 congressistas anunciaram pré-candidaturas para vagas em prefeituras.

PT e PL são as siglas com mais deputados que devem concorrer: são 17 e 15 parlamentares, respectivamente.

O União Brasil aparece em terceiro lugar na lista, com 9 deputados pré-candidatos. Em seguida, estão MDB (8), PSD (5), PP (5) e Podemos (5).

Pré-candidatos

De 2000 a 2020, a média de parlamentares que disputaram as eleições municipais foi de 87 congressistas. As informações sobre o histórico de deputados e senadores candidatos nos últimos 20 anos são do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap).

O levantamento sobre os possíveis candidatos neste ano foi feito com base em dados do Diap e apuração própria da CNN junto às equipes dos congressistas.

Apenas quatro senadores devem tentar cargos nessas eleições: Carlos Viana (Podemos-MG), em Belo Horizonte (MG); Eduardo Girão (Novo-CE), em Fortaleza (CE); Vanderlan Cardoso (PSD-GO), em Goiânia; e Rodrigo Cunha (Podemos-AL), cotado para a vice-prefeitura de Maceió (AL).

O levantamento inclui quatro deputados que são suplentes em exercício:

Remy Soares (PP-MA), prefeitura de Presidente Dutra;
Ossesio Silva (Republicanos-PE), prefeitura de Olinda;
Délio Pinheiro (PDT-MG), prefeitura de Montes Claros;
Eliza Virgínia (PP-PB), prefeitura de João Pessoa.
Leia a lista de deputados são pré-candidatos em prefeituras:

Abilio Brunini (PL-MT) – Cuiabá (MT)
Alberto Mourão (MDB-SP) – Praia Grande (SP)
Alencar Santana (PT-SP) – Guarulhos (SP)
Alex Manente (Cidadania-SP) – São Bernardo (SP)
Aliel Machado (PV-PR) – Ponta Grossa (PR)
Amom Mandel (Cidadania-AM) – Manaus (AM)
Ana Paula Lima (PT-SC) – Blumenau (SC)
André Fernandes (PL-CE) – Fortaleza (CE)
Antônio Andrade (Republicanos-TO) – Porto Nacional (TO)
Antônio Doido (MDB-PA) – Ananindeua (PA)
Any Ortiz (Cidadania-RS) – Porto Alegre (RS)
Beto Pereira (PSDB-MS) – Campo Grande (MS)
Beto Richa (PSDB-PR) – Curitiba (PR)
Bruno Farias (Avante-MG) – Teófilo Otoni (MG)
Bruno Ganem (Podemos-SP) – Indaiatuba (SP)
Camila Jara (PT-MS) – Campo Grande (MS)
Capitão Alberto Neto (PL-AM) – Manaus (AM)
Capitão Augusto (PL-SP) – Bauru (SP)
Carlos Chiodini (MDB-SC) – Itajaí (SC)
Carlos Jordy – (PL-RJ) – Niterói (RJ)
Carmen Zanotto (Cidadania-SC) – Lages (SC)
Clarissa Tércio (PP-PE) – Jaboatão dos Guararapes (PE)
Coronel Chrisóstomo (PL-RO) – Porto Velho (RO)
Coronel Ulysses (União Brasil-AC) – Rio Branco (AC)
Célio Studart (PSD-CE) – Fortaleza (CE)
Dandara (PT-MG) – Uberlândia (MG)
Daniel José (Podemos-SP) – Bragança (SP)
Daniel Trzeciak (PSDB-RS) – Pelotas (RS)
Delegada Adriana Accorsi (PT-GO) – Goiânia (GO)
Delegada Ione (Avante-MG) – Juiz de Fora (MG)
Delegado Ramagem (PL-RJ) – Rio de Janeiro (RJ)
Delegado Éder Mauro (PL-PA) – Belém (PA)
Denise Pessôa (PT-RS) – Caxias do Sul (RS)
Diego Garcia (Republicanos-PR) – Londrina (PR)
Dimas Fabiano (PP-MG) – São Gonçalo (MG)
Dimas Gadelha (PT-RJ) – São Gonçalo (RJ)
Dr. Francisco (PT-PI) – Caaporã (PI)
Duarte Jr. (PSB-MA) – São Luis (MA)
Duda Salabert (PDT-MG) – Belo Horizonte (MG)
Délio Pinheiro (PDT-MG) – Montes Claros (MG)
Eliza Virgínia (PP-PB) – João Pessoa (PB)
Fernando Rodolfo (PL-PE) – Caruaru (PE)
Filipe Martins (PL-TO) – Palmas (TO)
Fábio Teruel (MDB-SP) – Osasco (SP)
Geraldo Mendes (União Brasil-PR) – São José dos Pinhais (PR)
Geraldo Resende (PSDB-MS) – Dourados (MS)
Gerlen Diniz (PP-AC) Sena Madureira (AC)
Guilherme Boulos (Psol-SP) – São Paulo (SP)
Hercílio Coelho Diniz (MDB-MG) – Governador Valades (MG)
Hélio Leite (União Brasil-PA) Castanhal (PA)
Idilvan Alencar (PDT-CE) – Fortaleza (CE)
Jefferson Campos (PCdoB-SP) – Taubaté (SP)
Josivaldo JP (PSD-MA) – Imperatriz (MA)
Junio Amaral (PL-MG) – Contagem (MG)
Júnior Mano (PL-CE) – Maracanú (CE)
Keniston Braga (MDB-PA) – Parauapebas (PA)
Kim Kataguiri (União Brasil-SP) – São Paulo (SP)
Leonardo Monteiro (PT-MG) – Governador Valades (MG)
Loreny (Solidariedade-SP) – Taubaté (SP)
Luciano Ducci (PSB-PR) – Curitiba (PR)
Luiz Carlos Busato (União Brasil-RS) – Canoas (RS)
Luizianne Lins (PT-CE) – Fortaleza (CE)
Marcelo Queiroz (PP-RJ) – Rio de Janeiro (RJ)
Marcos Pollon (PL-MS) – Campo Grande (MS)
Maria do Rosário (PT-RS) – Porto Alegre (RS)
Max Lemos (PDT-RJ) – Queimados (RJ)
Moses Rodrigues (União Brasil-CE) – Sobral (CE)
Natália Bonavides (PT-RN) – Natal (RN)
Nicoletti (União Brasil-RR) – Boa Vista (RR)
Ossesio Silva (Republicanos-PE) – Olinda (PE)
Paulinho Freire (União Brasil-RN) – Natal (RN)
Paulo Guedes (PT-MG) – Montes Claros (MG)
Pedro Aihara (PRD-MG) – Brumadinho (MG)
Professor Alcides (PL-GO) – Goiânia (GO)
Rafael Brito (MDB-AL) – Maceió (AL)
Remy Soares (PP-MA) – Presidente Dutra (MA)
Ricardo Guidi (PL-SC) – Criciúma (SC)
Ricardo Silva (PSD-SP) – Ribeirão Preto (SP)
Rogério Correia (PT-MG) – Belo Horizonte (MG)
Romero Rodrigues (Podemos-PB) – Campina Grande (PB)
Rosana Valle (PL-SP) – Santos (SP)
Ruy Carneiro (Podemos-PB) – João Pessoa (PB)
Saulo Pedroso (PSD-SP) – Atibaia (SP)
Socorro Neri (PP-AC) – Rio Branco (AC)
Tabata Amaral (PSB-SP) – São Paulo (SP)
Talíria Petrone (Psol-RJ) – Niterói (RJ)
Tarcísio Motta (Psol-RJ) -Rio de Janeiro (RJ)
Túlio Gadêlha (REDE-PE) – Recife (PE)
Ulisses Guimarães (MDB-MG) – Poços (MG)
Waldenor Pereira (PT-BA) – Conquista (BA)
Washington Quaquá (PT-RJ) – Maricá (RJ)
Yandra Moura (União-SE) – Aracajú (SE)
Zé Neto (PT-BA) – Feira de Santana (BA)

Polarização mais uma vez

Assim como em 2022, a polarização entre PT e PL deve se repetir. Neste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) diminuiu a agenda de viagens internacionais para priorizar o itinerário nacional e alavancar as candidaturas petistas e de aliados.

Como a CNN mostrou, Lula pretende fazer frente a adversários ideológicos durante a campanha eleitoral, mas defende cautela por causa de sua base de apoio no Congresso.

A avaliação do chefe do Executivo é que a campanha precisa ser feita de forma cautelosa para o governo não ser “pego de surpresa e depois ter um revés no Congresso de descontentamento”.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) também realizam desde o início do ano eventos em diversas capitais brasileiras.

Bolsonaro esteve diretamente envolvido nas articulações da disputa de Ricardo Nunes (MDB) pela reeleição na capital paulista. O ex-presidente indicou o vice da chapa, o coronel da reserva da Polícia Militar Ricardo de Mello Araújo (PL). Por outro lado, Lula apoia a candidatura de Guilherme Boulos (PSOL).

Dados da última pesquisa Datafolha apontam que, em São Paulo, 65% dos eleitores não votariam de jeito nenhum em um candidato a prefeito apoiado por Bolsonaro. Outros 45% afirmaram que não votariam em um nome apoiado por Lula.

Prazos

Até agosto, as negociações de cada sigla e as alianças entre os partidos devem resultar em desistências nas pré-candidaturas.

Para confirmar seus candidatos, os partidos e as federações poderão realizar convenções entre os dias 20 de julho e 5 de agosto deste ano. Esses encontros podem ser realizados no formato presencial, virtual ou híbrido.

Depois da escolha das candidatas e dos candidatos nas convenções, os partidos já podem solicitar o registro das candidaturas à Justiça Eleitoral. O prazo para isso é até 15 de agosto.

O primeiro turno das eleições está marcado para 6 de outubro. O segundo turno será no dia 27 de outubro, caso necessário, em municípios com mais de 200 mil eleitores.

Com informações CNN Brasil /Foto: Antonio Augusto/Ascom/TSE