Voltando do Recife, ao final da Caminhada por Beatriz e de uma reunião no Palácio do Governo, no Campo das Princesas, paramos para jantar em Arcoverde, num restaurante que lhe era familiar, dos tempos de camelô, em que viajava para Toritama e Santa Cruz do Capibaribe para comprar confecções e abastecer o Mercado Joca. Estou falando de Roberto Carlos.
Durante o jantar, fiquei atento à conversa dos dois deputados. Zó do Sertão se dizia preocupado com dificuldades maiores que enfrentaria em sua reeleição, em Juazeiro, sua principal base eleitoral, e pedia a Roberto algum reduto, já que este já era um deputado bastante consolidado e tinha votação em toda a Bahia.
Roberto também se mostrou preocupado com sua reeleição, pois, tendo nascido e crescido no PDT de Brizola, a direção nacional do partido estava prestes a declarar apoio aos adversários políticos do Presidente Lula na Bahia, o que o obrigaria a mudar de legenda, causando-lhe alguns transtornos, incertezas e necessidade de ajustes.
Fiquei admirado daquela cordialidade entre políticos concorrentes, mas cooperativos e respeitosos entre si.
Ambos os políticos emergiram dos movimentos populares, das classes trabalhadoras, humildes, não foram privilegiados por heranças políticas ou fortunas familiares, mas galgaram posições de destaque na política do Estado da Bahia.
O sentimento de justiça os uniu ao grupo humanitário SOMOS TODOS BEATRIZ e os une, nesse instante, na busca de uma saída honrosa para Juazeiro, que sofre e clama por respeito, por cuidado e por AMOR.
Por Jaime Badeca./Foto divulgação Instagram
1 comentário
20 de May / 2024 às 05h33
Já ganhou, tam, tam, tam.......... Já ganhou tam, tam, tam........