A Anistia Internacional divulgou nesta quarta-feira (24) o relatório global O Estado Dos Direitos Humanos no Mundo, no qual aponta a letalidade das polícias no Brasil.
No documento, a entidade critica "uso excessivo e desnecessário da força" pelas polícias do Rio de Janeiro e mostra preocupação com a atuação policial em São Paulo, onde as operações Escudo e Verão deixaram dezenas de mortos na Baixada Santista, e na Bahia, onde ações da polícia mataram mais de 50 pessoas em setembro de 2023.
O relatório da Anistia avalia a política de direitos humanos em mais de 30 países. No Brasil, a entidade calcula que pelo menos de 394 pessoas foram mortas em operações policiais nesses três estados entre julho e setembro de 2023.
O documento ressalta também os impactos das operações policiais no cotidiano das populações, como no Complexo da Maré, zona norte do Rio, onde, segundo a Anistia, 17 mil estudantes ficaram sem aulas e 3.000 consultas médicas foram suspensas somente em outubro por causa dos riscos de tiroteio.
A entidade lembrou também dos casos de Thiago Menezes Flausino, 13, adolescente morto em agosto de 2023 na Cidade de Deus por policiais em veículos descaracterizados, segundo investigação, e de Heloísa Santos, de três anos, morta dentro do carro da família por um tiro disparado por um agente da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em setembro.
"O recado que o Estado reitera é de que a polícia tem carta branca para matar e cometer outras violações, sobretudo contra comunidades negras e periféricas", disse Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional no Brasil.
Yuri Eiras | Folhapress
2 comentários
25 de Apr / 2024 às 08h05
Esse pessoal que fala isso, é pq nunca passou pelas mãos desses bandidos,levem pra casa
25 de Apr / 2024 às 09h51
Se todos que morreram foram bandidos, está correto esta limpezas familias de bem agradecem, quanto a esse pessoal da anistia que devem ter seguranças particulares e morarem em condiminios, deveriam levar esse pessoal para criar.