As chuvas do início do mês, em Petrolina e região, mostraram a falta de infraestrutura em que se encontra a cidade. No Centro ou nos bairros mais afastados, famílias sofreram com as inundações e os diversos prejuízos ocasionados pela força da água. Muitos foram os questionamentos a respeito das obras de drenagem, já que vários bairros ficaram alagados.
Em entrevista nesta terça-feira (16), ao Programa Nossa Voz da Grande Rio FM, o ex-prefeito Julio Lóssio divulgou os valores que foram gastos com obras de drenagem, em Petrolina, nos anos de 2022 e 2023. Foi a primeira entrevista concedida após a sua filiação ao PSDB no início do mês.
Segundo Julio Lóssio, em 2022, o orçamento aprovado pela Câmara de vereadores de Petrolina para a execução com serviços de macrodrenagem no município, era de R$ 9.500.000,00 (nove milhões e quinhentos mil reais), mas apenas R$ 679 mil reais foram gastos.
Já em 2023, o orçamento previsto era de R$ 4.270.000,00 (quatro milhões e duzentos e setenta mil reais). Só foram executados R$ 795 mil reais. De acordo com Lóssio, os dados estão no Tribunal de Contas.
“O pior que isso. Não teve pra macrodrenagem, mas teve pra diária. A Prefeitura, em 2022, gastou mais com diária do que com drenagem - R$ 795 mil reais com diária. E aí empurraram asfalto aí, nas áreas irrigadas, por exemplo, em vários lugares que não têm ainda saneamento, nem drenagem. Que é que acontece? A força política vai embora na primeira chuva. Totalmente esburacado, danificado, porque não deveria fazer um asfalto no lugar, que ainda não tem o saneamento e drenagem. A gente tem que priorizar as coisas. Claro que a drenagem, como eu disse, nós fizemos muita drenagem nesses pontos que eu falei, mas não aparece. Mas tem que ser feito. Não dá pra fazer uma casa começando pelo teto, tem que começar pelo alicerce, senão a casa cai, o asfalto vai embora. Então, é importante que priorize-se a questão da drenagem”, destacou Lóssio.
Fica o questionamento. Por que o orçamento destinado às obras com drenagem não foi utilizado em sua totalidade? Quantas famílias mais vão ter que amargar a perda dos seus bens, quando a próxima chuva chegar?
Com a palavra, a prefeitura de Petrolina.
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