O câncer de pênis é um dos mais raros dentro da urologia e tem maior incidência em homens com 50 anos ou mais, embora possa atingir também os mais jovens.
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), em 2022 o País registrou 1.933 casos da doença, sendo que 459 precisaram de amputação do membro.
O médico urologista Daher Chade, da Faculdade de Medicina da USP, explica que o tumor causa vários impactos na qualidade de vida dos homens. A amputação do membro é o quadro mais grave da doença já em estágio avançado. O diagnóstico do câncer de pênis é feito por meio de biópsia, com retirada de tecido para diferenciar as lesões.
Entre os sintomas, está uma ferida que gera coceira, queimação, forte odor e que não cicatriza. A presença desses sinais, associada a uma secreção branca, pode ser o indicativo de um câncer no pênis. O tratamento é feito através de cirurgia para a remoção da lesão. As amputações podem ser parciais ou totais e, nos casos de corte parcial do membro, o desempenho sexual não é afetado.
A doença está associada à má higiene íntima, à infecção pelo papilomavírus humano (HPV) e a homens que não se submeteram à circuncisão, a remoção da pele que reveste a ponta do pênis.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, a maior incidência de câncer de pênis ocorre nas regiões Norte e Nordeste, em função da situação socioeconômica da população e da falta de acesso à informação e aos serviços de saúde. Representa 2% de todos os tipos de câncer que atingem os homens. O País está bem avançado em relação ao tratamento dessa moléstia, sendo referência nesse tumor em função do grande número de casos.
Jornal da USP Foto Agencia Brasil
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