A direção da APLB Sindicato em Juazeiro, unindo forças à convocação feita pela entidade em Salvador, reuniu trabalhadores em educação numa assembleia realizada nesta quarta-feira (13) na sede a APLB.
As redes estadual e municipal de ensino de todo o estado da Bahia paralisaram as atividades neste dia de manifestação e a categoria lotou o auditório da APLB em Juazeiro.
Duas proposições foram aprovadas durante a assembleia: uma foi apresentar à Secretaria de Educação para conceder gratificação aos profissionais de AEE – Atendimento para Educação Especial e a outra foi aprovação de nova assembleia para debate de exclusão dos filiados que estão inadimplentes na UNIMED.
Atuando como professora na Escola Nossa Senhora das Grotas, Rosinéia Rodrigues de Almeida já foi gestora e coordenadora e hoje atua na área de educação especial. Ela falou sobre a gratificação para os profissionais dessa área específica e informa que a categoria tem se reunindo para discutir a pauta que é importante para todos. Segundo ela, de acordo com a lei 8261/2022 os profissionais querem ser contemplados com o plano de cargos e carreira para gestor, coordenador, professor com determinado percentual.
"Nós, professora do AEE, atuamos com crianças autistas, com Síndrome de Down, surdez, entre outros. Podemos dizer que a educação especial cresceu muito no município. Hoje somos 160 professores do AEE, 390 auxiliares na escola e precisamos de mudanças nas gratificações que sejam compatíveis com a carga horária de cada profissional. São 550 alunos no município, as escolas estão cheias e o número está aumentando. Cada criança dessa precisa de um atendimento maior. Não temos salas de recursos e improvisamos muito, fazendo o que podemos para atender da melhor forma. Essa é uma pauta importante para beneficiar a todos, não só ao professor de AEE mas os de sala regular também", explica Rosinéia.
Para Antônio Carlos do Santos, diretor jurídico da APLB Sindicato, a assembleia foi convocada conforme deliberação do Conselho Estadual da APLB para falar sobre valorização dos profissionais. "Precisamos acordar para as necessidades urgentes dos trabalhadores em educação. Não podemos admitir que hoje, com toda informação que temos, deixemos de lado as discussões. É preciso ir para a luta para não sofrer mais. A reforma do município estará em pauta na próxima assembleia para analisar tudo ponto a ponto".
De acordo com o diretor da APLB Sindicato em Juazeiro, Gilmar Nery, a assembleia foi muito concorrida com presença maciça da categoria das redes estadual e municipal. Para ele, é importante destacar que na Bahia mais de 80% dos municípios não cumprem o piso nacional do magistério e na rede estadual o piso ainda não foi cumprido pelo governo e a coordenação geral está em negociação para que o piso seja implantado, principalmente com ganho real acima da inflação.
"Discutimos ainda pontos importantes da rede municipal como a implantação do quinquênio e o andamento dos processos que foi levado a todos pelos nossos advogados a exemplo da ação do pagamento da diferença da pecúnia que deve ser paga no salário base dos planos de carreira e não no inicial. Além disso discutimos a regência e precatórios do Fundef das duas redes. Tivemos também a oportunidade de ouvir a categoria", ressalta.
Gilmar Nery conclui dizendo que a APLB Sindicato reafirma o compromisso com os trabalhadores em educação e informa que a Câmara de Vereadores votou o reajuste do piso nacional do magistério para o município e deverá sair este mês retroativo ao mês de janeiro, assim como os aposentados que já devem receber até o dia 20 no mesmo sistema. Agora é aguardar um boletim que deve ser divulgado ainda esta semana com o resultado dos três movimentos que aconteceram hoje em Salvador e com adesão em toda a Bahia.
Ascom/APLB
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