Há pouco mais de seis meses no comando da Neoenergia COELBA, Tiago Freire Guth participou nesta terça-feira (5), na Assembleia Legislativa da Bahia, da reunião conjunta das comissões de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, de Agricultura e a de Defesa do Consumidor para explicar aos parlamentares sobre as constantes quedas de energia, demora no atendimento de novas ligações e previsão de investimentos.
Thiago Guth reconheceu as falhas, mas prometeu aos deputados que a concessionária tem feito investimentos em obras, na contratação de mão de obra e digitalização do atendimento para melhorar o serviço dos 6,6 milhões de consumidores baianos.
"Hoje, a grande missão da Neoenergia COELBA é reafirmar o compromisso com o desenvolvimento do Estado. A gente sabe, por exemplo, que temos um desafio no oeste e no sul do Estado. Sabemos que existem regiões que carecem de uma melhoria de qualidade do serviço, mas vamos buscar isso no nosso plano de manutenção e investimentos", admitiu Thiago Guth.
Presidente da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, o deputado Eduardo Salles elencou a importância de tratar de assuntos como as perspectivas de investimentos, a extensão do Programa Luz para Todos, o aumento da carga elétrica e outras demandas.
"Quem é que não tem um equipamento queimado, uma queixa da falta de energia elétrica? Trouxe aqui o depoimento de dez importantes entidades do setor produtivo colocando a gravidade da situação. Nós temos diversas atividades do agro, da indústria, do comércio e do turismo que não avançam devido à má prestação do serviço. A Bahia tem se tornado uma grande locomotiva, mas anda há 27 anos com o freio de mão puxado. Temos produtores que querem investir, gerar empregos, expandir e não conseguem por causa da COELBA", afirmou Eduardo Salles.
Coordenador da Subcomissão da COELBA, o deputado Robinsom Almeida alertou que o contrato com a concessionária foi assinado em 1997 e a empresa pode pedir, a partir de agosto deste ano, a renovação por mais 30 anos. O Ministério de Minas e Energia tem até fevereiro de 2026 para se manifestar. Caso não o faça, o contrato seria renovado automaticamente.
"Nós estamos aqui diante de uma questão estratégica para o futuro da Bahia. Quem vai prestar serviço de energia depois do fim do contrato? Desde o início da concessão, a COELBA vive com o aumento da insatisfação e com o aumento dos lucros da empresa", disse Robinsom Almeida.
"A gente ouve quase diariamente os problemas da Coelba. Foram R$11 bilhões investidos em cinco anos e há uma previsão de aumento de investimentos da ordem de 3 bilhões. Os números são bonitos, mas não adianta anunciar boas notícias se os problemas não forem resolvidos", encerrou Manuel Rocha, presidente da Comissão de Agricultura.
ASCOM – Deputado Estadual Eduardo Salles
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