O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) participa dos procedimentos de marcação via microchip e identificação de sexo do primeiro filhote de ararinha-azul (Cyanopsitta spixii) a nascer em vida livre, nos últimos 37 anos. Consideradas extintas da natureza, esta reprodução só foi possível graças ao trabalho de soltura realizado no ano de 2022, em uma área de Caatinga, certificada pelo Inema, dentro do Refúgio de Vida Silvestre da Ararinha Azul, localizado no município de Curaçá.
A ação contou com a participação da bióloga e representante do Inema, no Conselho Consultivo das Unidades de Conservação da Ararinha-Azul, Sindi Maqueise. “As atividades fazem parte das estratégias de reintrodução da Cyanopsitta spixii, que está na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção, e o nascimento das Ararinhas-Azuis demonstra a eficácia dos trabalhos de soltura, conservação e reprodução, desenvolvidas por um conjunto de instituições governamentais em parceria com ONG’S e sociedade”.
A ação é fruto do Plano de Ação Nacional (PAN) para a Conservação da Ararinha-Azul, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação e Biodiversidade (@ICMBio), em parceria com a ONG Alemã ACTP (Associação para a Conservação de Papagaios Ameaçados) e o projeto Blue Sky Caatinga.
SOBRE A ESPÉCIE - A ararinha-azul é uma ave de origem do bioma Caatinga, na região do Vale do Rio São Francisco no estado da Bahia. É uma espécie que pertence ao grupo dos psitacídeos, apresenta corpo azul, íris amarela e bico negro, alimenta-se de frutos e algumas sementes.
O desmatamento reduziu seu habitat natural e sua beleza única fez a ave ser cobiçada por caçadores e colecionadores em todo o mundo, o que acarretou, no ano 2000, na sua extinção na natureza.
Inema Bahia
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