Na coluna desta semana, o professor Luciano Nakabashi comenta sobre a importância do capital emocional na economia. Segundo ele, quando a gente pensa em economia, a capacidade produtiva de um país, a gente pensa nos fatores de produção e tem vários tipos de capital.
“Tem o capital físico, que é a quantidade de máquinas, equipamentos, infraestrutura de um país. Tem o capital humano, que é a qualificação das pessoas. Tem o capital social, que são as ligações que as pessoas têm, a quantidade de conexão que as pessoas têm, que ajuda bastante na locação de recursos. E tem o capital emocional, que é capacidade das pessoas de conseguirem enfrentar as dificuldades que aparecem no dia a dia.”
Segundo o professor, há um poder de resiliência das pessoas que podem ser afetadas por várias causas. “Essa capacidade de a pessoa continuar seguindo, tendo determinação, continuar apesar das dificuldades que vão surgindo, isso tem a ver também com o capital social.” Para Nakabashi, o capital emocional é importante porque a persistência e a resiliência fazem com que as pessoas continuem em frente. “Essa capacidade de continuar seguindo em frente, de a gente continuar, por exemplo, aprendendo, tem a ver com o capital humano”, avalia.
Se funciona bem nas organizações, Nakabashi argumenta que quando você tem um país com maior capital emocional, mais eficiente ele consegue ser. “Por exemplo, a capacidade de retomar, após uma recessão, depois de uma crise econômica é maior. Então, isso faz com que a economia seja mais eficiente. E a gente tem que pensar em formas também de aumentar o capital emocional de uma região, de um país, de uma nação”, conclui o professor.
Luciano Nakabashi / Rádio USP
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