Os Correios anunciaram um plano de ações e projetos estratégicos para assegurar a sustentabilidade da empresa, garantir uma estratégia centrada no cliente, crescer nos mercados concorrenciais, otimizar o acesso da população aos serviços postais e reforçar a vocação para executar políticas públicas do governo.
O anúncio foi feito às empregadas e aos empregados dos Correios em evento realizado na segunda-feira (22) e que teve ainda a apresentação de um balanço dos 100 dias da gestão do novo presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos.
"Assumimos a liderança da empresa cientes dos grandes desafios que precisaremos superar. Temos absoluta confiança no sucesso deste plano, elaborado após o estudo minucioso da atual situação dos Correios, com a participação dos gestores e do corpo técnico de todas as áreas da estatal", afirmou o presidente.
O Plano de Prioridades dos Correios prevê 10 ações estratégicas para este ano e 10 projetos estratégicos com execução até 2025. As ações incluem a captação de recursos de longo prazo junto ao mercado financeiro com taxas mais atrativas, a reestruturação da carteira de imóveis e a revisão da política comercial, da estrutura e da estratégia da empresa.
Já entre os projetos estratégicos previstos para 2023 estão medidas para aproximar a estatal do atual momento da sociedade como, por exemplo, o lançamento de produtos e serviços voltados ao e-commerce, a modernização da rede tratamento de encomendas e a implantação de modalidades de atendimento e distribuição para atender mercados, unificando a primeira e a última milha pela combinação de físico e digital, de forma a ampliar a universalização do serviço postal.
Os projetos com prazo até 2025 envolvem a transformação digital dos Correios, a implantação da agenda ASG (Ambiental, Social e Governança), a instalação de um hub internacional e a consolidação da estatal como operador logístico oficial dos órgãos públicos federais.
A atual gestão vem dedicando especial cuidado às iniciativas para recuperar receita, principalmente junto aos órgãos de governo, tendo em vista a queda de faturamento ocorrida em 2022. Segundo o presidente, a empresa poderia ter firmado contratos junto aos governos federais, estaduais e municipais para oferta de serviços ligados a cadastramento e inclusão digital, por exemplo. "Mas não houve nenhuma ação de negócios voltada para aumentar as receitas nesse segmento e agora trabalhamos para recuperar o tempo perdido", explicou o dirigente. "Estamos retomando a busca por parcerias importantes, o que não foi realizado pela gestão anterior em razão da inserção da empresa no Programa Nacional de Desestatizações (PND)", afirmou, destacando a retirada dos Correios da lista de privatizações pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por meio do Decreto nº 11.478/23 e a aprovação, pela Câmara dos Deputados, do projeto de lei 6385/16, que prevê a contratação preferencial da empresa por órgãos públicos federais.
Além disso, os Correios irão retomar os investimentos, que no ano anterior foram quase inexistentes. Um exemplo claro ocorreu na área de tecnologia, apesar de todas as condições favoráveis. "Em 2021, por conta da pandemia de Covid-19, os Correios haviam registrado um aumento atípico de R$ 5,3 bilhões nas receitas de e-commerce, mas a diretoria anterior não aproveitou o bom momento para investir", disse Santos. Enquanto o mercado aumentou significativamente sua dependência de TI, a gestão anterior direcionou apenas 1% da receita total (R$ 201 milhões) em 2022 para a manutenção da infraestrutura de tecnologia e suspendeu todos os processos de contratação relacionados à área de TI. "Investimentos essenciais não foram realizados; uma janela foi perdida e isso tem um alto custo", avaliou o presidente.
Para reverter essa situação, a nova gestão irá injetar recursos na recuperação e na modernização da infraestrutura dos Correios, a maior do País: uma rede de atendimento de mais de 10 mil agências, mais de 8 mil unidades operacionais, 23 mil veículos e um corpo funcional de 87 mil empregadas e empregados diretos. "O histórico dos Correios comprova que, quando bem geridos, são lucrativos e rendem dividendos para a União. Com uma gestão eficiente e responsável, somada à dedicação das empregadas e dos empregados dessa grande empresa, iremos recuperar a sustentabilidade da estatal, garantindo a excelência na prestação de serviços à sociedade brasileira", disse o presidente.
100 dias – Entre as ações dos 100 dias de gestão, completados na quinta-feira passada (18), merece destaque a retirada da estatal da lista de privatizações. Além disso, a nova diretoria aprovou o retorno de benefícios que haviam sido abolidos como a licença-maternidade de seis meses e o pagamento de Auxílio Especial, destinado a dependentes com deficiência, dentro de um processo de volta do diálogo com as entidades de representação das empregadas e dos empregados. O próprio presidente participou de 12 reuniões com associações, sindicatos e federações. Ainda na área de gestão de pessoas, a estatal abriu edital para mais de 4 mil jovens aprendizes.
No mesmo período, os Correios trabalharam no fortalecimento do relacionamento com clientes: foram 18 reuniões de negócios com entes públicos e privados, além da presença do presidente da empresa na comitiva presidencial que esteve na China em abril e que resultou na assinatura de um memorando de entendimentos entre os Correios e a Cainiao, braço logístico do grupo Alibaba, para cooperação mútua. A nova diretoria ainda assinou um acordo de cooperação técnica com a Advocacia-Geral da União (AGU), para uso do sistema de gestão de processos do órgão, o que representa uma economia de R$ 40 milhões nos próximos cinco anos. Outro acordo relevante foi firmado com o Tribunal Superior do Trabalho (TST) para reduzir o número de processos envolvendo a estatal, que é uma das 10 maiores litigantes da justiça trabalhista.
Por fim, o presidente destacou o papel social desenvolvido pelos Correios no período, com envio de donativos às vítimas das chuvas no litoral paulista e no Maranhão; a inauguração do Centro de Tratamento de Encomendas em Guarulhos/SP; dois prêmios recebidos: "O Melhor de São Paulo Serviços 2023", do Datafolha, na categoria "Entrega de Encomenda"; e "A Era do Diálogo 2023", promovido pelo Grupo Padrão, como umas das 20 empresas brasileiras mais competentes na resolução de conflitos e na busca de harmonia no relacionamento com os clientes; e a criação de grupos de trabalho para combater o assédio e o racismo na estatal.
Sobre os Correios
Os Correios, líderes no segmento logístico e de entrega de encomendas no Brasil e responsáveis pela atividade postal nacional, são uma empresa pública moderna, com a missão de conectar pessoas, instituições e negócios por meio de soluções acessíveis, confiáveis e competitivas. Presente em 100% dos municípios do País, a estatal realiza a importante função de integração e de inclusão social, papel indispensável para o desenvolvimento nacional, por meio da maior infraestrutura logística do Brasil: uma rede de atendimento de mais de 10 mil agências, mais de 8 mil unidades operacionais, 23 mil veículos e 87 mil empregadas e empregados diretos. Para mais informações, acesse: www.correios.com.br.
Ascom | Foto: Divulgação Correios
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