Durante o período de Carnaval, Pernambuco terá seis Delegacias da Mulher funcionando no formato 24h, sendo as unidades do Recife, Olinda, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina. Após as festividades, a partir do dia 1º de março, esse número aumentará em nove, contemplando todas as 15 no estado.
A novidade foi anunciada pela secretária estadual de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha, nesta terça-feira (14), durante a divulgação do planejamento operacional de 2023 para o Carnaval de Pernambuco.
O evento aconteceu no auditório do Cais do Sertão, no bairro do Recife Antigo. Também participaram do encontro os secretários da Cultura, Silvério Pessoa, e do Turismo e Lazer, Daniel Coelho, além da secretária da Mulher, Regina Célia Barbosa.
“As seis novas delegacias da Mulher vão funcionar 24h durante o Carnaval, e a partir do dia 1º de março, funcionarão ininterruptamente”, anunciou Carla, deixando os detalhes a cargo da colega Regina Célia Barbosa, responsável pela Secretaria da Mulher, que iniciou o seu discurso relembrando que de nove milhões de pernambucanos, cerca de cinco milhões são mulheres, das quais em torno de um milhão devem marcar presença no Galo da Madrugada no próximo sábado (18). Ela também exemplificou algumas atitudes que são típicas de importunação sexual, como beijos e abraços forçados, assim como o apalpamento.
De início, a secretária projetou como as informações da campanha “Tem que respeitar” circularão entre os foliões e quais as primeiras medidas que uma possível vítima de importunação sexual deverá tomar. “Temos a distribuição de materiais informativos. São mais de quatrocentos mil leques, folders, cartazes e cards. Vamos estar com serviços de proteção 24h, através da nossa ouvidoria (0800 2818187) e das casas que servem como abrigos das acolhidas de plantão. A Secretaria vai estar atenta. A mulher deverá ligar para o 190, de urgência, e depois fazer o registro”, explicou.
Regina Célia foi além ao falar do funcionamento 24h das delegacias de combate à violência contra as mulheres, assegurando um trabalho especializado por parte de quem faz o atendimento.
“Além do funcionamento, também está garantida a qualidade dos profissionais que vão atendê-las. Não adiantaria deixar as delegacias abertas, se os profissionais não tivessem competência. Tem que respeitar”, acrescentou, fazendo alusão ao nome da campanha.
Nas delegacias, além do tratamento humanizado, as vítimas de violência também poderão contar com a opção de um local seguro para se restabelecerem, independente de terem um caso com medida preventiva. “A mulher vai se sentir segura e em qualquer momento ela poderá ir numa delegacia, que vai ser onde as pessoas que a atenderão, farão um atendimento humanizado, para não haver revitimização, em perguntas repetitivas, um desleixo ou um questionamento sobre a narrativa da mulher. Ela precisa saber que os servidores, delegados, comissários e escrivães estarão ali para cuidar dela o mais rápido possível. Se ela não puder retornar para casa ou ter um lugar para ir, teremos um abrigo para ela estar segura, mesmo com a medida preventiva”, salientou.
Folha PE
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