Imagine ser enganado (a) por uma pessoa que se faz passar por um parente ou amigo seu e só depois de fazer uma transferência bancária através do Pix é que você descobre que se trata de um golpe.
Foi o que aconteceu com a servidora pública Simone Medrado.
"Eu estava participando de uma festa na escola dos meus netos e de repente recebi uma mensagem supostamente de meu filho, que dizia que o celular dele tinha caído e quebrado a tela, e que estaria numa loja de consertos para trocar a tela do celular. Na mensagem, o rapaz me pediu que eu depositasse a quantia de dois mil e quinhentos reais. Na hora eu estranhei o número que a pessoa estava falando, mas ele disse que não tinha conseguido resgatar o chip, porque o celular teria caído dentro da piscina. Eu não desconfiei e mandei o dinheiro. Depois eu perguntei pela foto do perfil, o rapaz disse: 'Mãe, a senhora não sabe que eu tenho uma foto no perfil que eu estou de óculos dentro do meu carro, com blusa azul, tá desconfiando de que? Sou eu'", contou Simone.
Simone só percebeu que não se tratava do filho dela minutos depois de já ter feito a transferência via pix. "Pouco tempo depois, ele me mandou outra mensagem, dizendo que tinha pensado bem e que não compensava trocar a tela do celular, que era melhor comprar um novo aparelho e me pediu mais três mil reais. Eu fiz o pix. Só me dei conta de algo estranho quando ele perguntou quanto eu tinha na conta. Meu filho não é de perguntar sobre isso. Foi aí que me dei conta que eu tinha caído num golpe", completou a servidora pública.
Informação e prevenção
O Pix foi criado pelo Banco Central e entrou em funcionamento em novembro de 2020. Com ele, o correntista de um banco pode fazer transferências e pagamentos de forma instantânea, gratuita e a qualquer dia e horário, sem pagar qualquer taxa à instituição bancária. Isso fez com que essa forma de transação bancária se tornasse bastante popular entre os brasileiros. Porém essas facilidades também despertaram a atenção dos criminosos.
A principal arma contra golpes do Pix é a informação. Por isso, a Prefeitura de Juazeiro, através da Procuradoria Geral do Município e do Procon, lançou este ano uma cartilha contra golpes do Pix.
O material explica quais são os golpes mais comuns e como a pessoa pode se proteger. A cartilha alerta sobre sites falsos, golpe do WhatsApp, falha no Pix, falsas centrais de atendimento, dicas para evitar fraudes e o que fazer caso já tenha sofrido o golpe.
"Essa cartilha possibilita o consumidor retirar dúvidas e utilizar o Pix com maior segurança, tranquilidade e, principalmente, sem cair em golpes e fraudes. Com o Pix, o número de golpes aumentou enormemente. Então, a cartilha que o Procon colocou à disposição dos consumidores reforça dicas para evitar cair em fraudes", afirmou o coordenador executivo do Procon de Juazeiro, Carlos Macedo.
"Diante do crescimento no número de golpes e fraudes com o uso do Pix, a Procuradoria Geral e o Procon de Juazeiro produziram essa cartilha com o objetivo de alertar, proteger e orientar a população. É mais um mecanismo e um serviço que a gestão Suzana Ramos coloca à disposição dos moradores de Juazeiro. Leiam atentamente as orientações constantes na cartilha e procurem o Procon de Juazeiro em caso de dúvidas", destacou o Procurador Geral do Município, Thiago Cordeiro.
Versão online
A Cartilha Contra Golpes no Pix pode ser encontrada na versão online, disponível para acesso através do link e também no site da Prefeitura de Juazeiro.
O consumidor de Juazeiro que se sentir lesado pode denunciar essa e outras situações, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no Procon municipal, localizado na Rua Minas Gerais, nº 46, 4º andar, bairro Santo Antônio, vizinho à Galeria Rio Fitness ou pelo e-mail: [email protected].
Ascom PMJ
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