A justiça realiza nesta quarta-feira (23), no fórum de Petrolina, o segundo dia da audiência de instrução de Marcelo da Silva, acusado de assassinar a menina Beatriz Angélica, no dia 10 de dezembro de 2015.
Estão previstos mais dois depoimentos de testemunhas de acusação e mais oito de testemunhas de defesa. Ao final, será o interrogatório do réu.
A audiência teve início ontem, terça-feira (22). Seis testemunhas de acusação foram ouvidas, entre elas a mãe de Beatriz, Lúcia Mota.
A audiência de instrução vai definir se Marcelo da Silva será ou não levado a júri popular. Ele foi apontado pela polícia como autor do crime em janeiro deste ano e já estava preso respondendo por outros crimes. Na época, Marcelo confessou o assassinato. Poucos dias depois, o advogado de defesa, Rafael Nunes afirmou que o cliente escreveu uma carta dizendo ter sido pressionado a confessar o assassinato.
As sessões está sendo presidida pela juíza Elane Brandão. A imprensa não tem acesso. Após a fase de depoimentos, o representante do Ministério Público e o advogado de defesa do réu terão que apresentar as alegações finais. Só então, a magistrada irá decidir se Marcelo irá a júri popular.
Para os pais de Beatriz, Lúcia Mota e Sandro Romilton, não há dúvidas de que Marcelo da Silva é o autor do assassinato da menina.
Lucinha Mota, ressaltou a importância do momento para ela e a família. “A vida é o direito mais valioso de todos nós. Após longos dias, de muita luta, quase 7 anos depois de termos perdido a vida de Beatriz, chegamos a um importante momento:
“Me fiz muitas perguntas ao longo desse tempo, busquei em todos os cantos respostas sempre com convicção de que justiça é um caminho que devemos trilhar. Muitos estiveram comigo, alguns eu nem conheço, mas agradeço por nos ajudarem a chegar até aqui, peço que nos incluam em suas orações especialmente nestes dias”, desabafou.
“A gente espera, finalizando essa etapa, que a juíza faça a pronúncia e leve Marcelo da Silva ao júri popular. E ali, a sociedade de Petrolina vai ter a oportunidade de condená-lo e dar esse exemplo para nossa sociedade”, afirma a mãe de Beatriz.
O CRIME: Beatriz Angélica foi morta em 10 de dezembro de 2015, quando estava na formatura da irmã, no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, um dos mais tradicionais de Petrolina. Segundo investigações, a menina recebeu dez facadas.
Ela saiu do lado dos pais para beber água e desapareceu. Vídeos registraram o momento em que a menina saía da solenidade. O corpo de Beatriz foi achado dentro de um depósito de material esportivo da instituição, com uma faca do tipo peixeira cravada na região do abdômen. A menina também tinha ferimentos no tórax, membros superiores e inferiores.
Redação redeGN Foto Redes Sociais
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