No programa de governo daquele que está liderando a eleição, Luiz Inácio Lula da Silva, trata-se de um programa da Coligação Brasil da Esperança, que envolve nove partidos, com isso muito pouco detalhado, mas basicamente aposta em investimentos integrados na área de transporte público, habitação, saneamento, equipamentos sociais, remetendo a uma transição energética, ou seja, uma ideia muito de pensar a transformação.
A proposta remete muito ao programa Minha Casa Minha Vida, que foi um programa central no governo Lula, e uma das críticas que foram feitas ao programa era justamente o fato de não estar integrado do ponto de vista urbanístico.
No caso do programa do candidato Jair Bolsonaro, basicamente é uma avaliação da sua própria performance dentro desse campo, partindo da premissa, segundo ele, de que muitos tiveram acesso à habitação no seu governo por ele ter mantido a taxa de juro de 4,5% ao ano, o menor na história dos financiamentos habitacionais.
O programa habitacional Casa Verde e Amarela, do atual presidente da República, está praticamente extinto no orçamento do ano que vem: só tem R$ 34 milhões, não dá nem para pagar as obras em andamento e acabou completamente qualquer subsídio para as faixas de renda mais baixas.
No programa do Ciro Gomes, basicamente a aposta é a regularização fundiária de terrenos irregulares com financiamento de reforma, usando mão de obra da própria família ou da própria comunidade, mas sem muitos detalhes.
E da candidata Simone Tebet a proposta envolve também a discussão da regularização, mas anuncia produção de moradia subsidiada, locação social, mobilização de imóveis ociosos e, do ponto de vista de mobilidade, não há aprofundamento do tema.
Sobre esse tema, por sinal, não há nenhum detalhamento e nenhuma indicação do que farão esses candidatos com a atual crise do transporte coletivo por ônibus.
SANDRA CAPOMACCIO-Jornalista, atuando nas áreas de TV e Rádio, professora, articulista Jornal USP, setorista das áreas de educação, política e economia
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