Enfermeiros de Juazeiro-BA e Petrolina-PE realizam hoje (9) manifestações em resposta à suspensão do piso nacional da enfermagem pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). A convocação para os atos foi definida pelo Fórum Nacional da Enfermagem, que reúne entidades como a Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) e o Conselho Federal da Enfermagem (Cofen).
A manifestação em defesa do piso de enfermagem será unificada entre as categorias de ambas as cidades. A partir das 16h, profissionais se concentram na Praça da Catedral, em Petrolina, e no Vaporzinho, em Juazeiro. Há expectativa de que, assim como aconteceu num outro ato, à época, pedindo a aprovação do piso, os enfermeiros e as enfermeiras ocupem a Ponte Presidente Dutra.
O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Petrolina (SINDSEMP) reforçou o convite para que servidores públicos municipais enfermeiros, enfermeiras, técnicos e auxiliares de enfermagem para assembleia geral extraordinária para está sexta-feira (9).
O ato acontecerá na Praça do Bambuzinho, na Avenida Souza Filho, às 8h. "O piso é uma luta de décadas que os profissionais da enfermagem conquistaram e Sindsemp vai permanecer na luta para garantir direitos de servidores e servidoras públicos municipais de Petrolina", diz o comunicado.
A decisão
Para suspender a validade da lei, Barroso justificou que é necessário avaliar os riscos para empregabilidade no setor e analisar se a medida impacta a qualidade dos serviços prestados. O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) se posicionou contra a suspensão nas redes sociais e destacou que a decisão atende a classe empresarial, que não quer pagar os “valores justos” aos serviços prestados pela Enfermagem.
“Todos os estudos de impactos orçamentários foram devidamente apresentados e debatidos com todos os entes da União, estados e municípios, de maneira plural e transparente junto ao Congresso Nacional, com análise técnica do sistema Cofen/Conselhos Regionais. Portanto, o Sistema Cofen/Conselhos Regionais entende que essa decisão de suspensão é discutível por não haver qualquer indício mínimo de risco para o sistema de saúde”, afirmou a publicação no Twitter.
A presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) reforçou a convocação de um protesto caso a liminar não seja derrubada. Os atos estão marcados para sexta-feira (9/9) e devem acontecer em frente a hospitais e casas de saúde.
“Essa decisão mesmo que temporária já prejudica os trabalhadores e trabalhadoras que tanto defenderam a vida. É injustificável a argumentação do ministro, que não levou em consideração os debates realizados no Congresso Nacional, no qual conseguimos comprovar que não há grande impacto financeiro para implementar o piso”, declarou Shirley Morales, presidente da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE) em publicação no Instagram.
*com informações do Metrópoles
Da Redação RedeGN
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