“Minha vida é andar por este país / Pra ver se um dia descanso feliz / Guardando as recordações / Das terras onde passei / Andando pelos sertões / E dos amigos que lá deixei”. O trecho retirado da música ‘A Vida de Viajante’, de Luiz Gonzaga, retrata o amor que o artista tinha em levar sua arte aos quatro cantos do Brasil. Na canção, Luiz Gonzaga afirmou que, mesmo quando estava longe de casa, ele seguia com alegria no coração.
O amor pelo Sertão fez com que o Rei do Baião conquistasse milhares de admiradores ao decorrer de toda a sua carreira. Hoje, mesmo após 33 anos de seu falecimento, suas obras seguem emocionando pessoas.
A fim de preservar e espalhar o legado de Luiz Gonzaga, acontece em Teresina a 14ª edição da Procissão das Sanfonas, que ocorre tradicionalmente no dia 2 de agosto, data em que nos despedimos desse grande artista. O evento é um grande encontro de cultura, levando a música nordestina pelas ruas do Centro de Teresina.
Para Wilson Seraine, presidente do projeto musical Colônia Gonzaguinha e um dos idealizadores da procissão, esta festividade é a melhor maneira de relembrar o legado de Gonzaga.
“O Luiz Gonzaga gostava de festa, em seu velório foi feita uma festa, não porque as pessoas estavam felizes, mas porque ele gostava. Então pensamos em fazer algo no dia 2 de agosto e daí surgiu a ideia da procissão. É uma comemoração que faz alusão ao principal instrumento rural do brasil, a sanfona, e relembra a partida Gonzaga. Nossa intenção é atingir os jovens, pois eles não param. E assim o legado nunca vai morrer”, disse.
Na edição deste ano, é comemorado os 33 anos de saudade do Gonzaga, 75 anos da música Asa Branca e 80 anos de Gilberto Gil. Após dois anos sem uma edição presencial devido ao Covid-19, será realizado o tradicional cortejo, que tem concentração na Igreja Catedral de Nossa Senhora das Dores e encerra no Museu do Piauí.
portal O Dia
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