Após dois anos sem ser realizada por causa da pandemia da Covid-19, a 25ª Missa do Cangaço volta a acontecer no próximo dia 28, data de aniversário do massacre de Angico.
Há 84 anos, policiais comandados pelo tenente João Bezerra cercaram os 34 cangaceiros e cangaceiras e abriram fogo com metralhadoras portáteis, matando na hora 11 pessoas, inclusive Virgulino Ferreira da Silva, o “Lampião”, e Maria Bonita.
A missa está marcada para às 8h30, no Monumento Natural Grota do Angico, local da chacina. Organizado pela neta de Lampião, jornalista Vera Ferreira, o ato religioso será prestigiado por populares, estudiosos do cangaço, professores, alunos e pesquisadores de diversas partes do Nordeste.
O grupo liderado por Lampião acampou na fazenda Angicos no dia 27 de julho de 1938. A área era considerada por Virgulino como de extrema segurança, longe das vistas das forças policiais. Mas na manhã do dia seguinte, os cangaceiros foram vítimas de uma emboscada, organizada por soldados do vizinho estado de Alagoas, sob a batuta do tenente João Bezerra. De acordo com pesquisadores, o combate durou menos de meia hora e poucos conseguiram escapar ao cerco. Eufóricos com a vitória, os policiais mutilaram os mortos e apreenderam todo o dinheiro, o ouro e as joias.
O Monumento Natural Grota do Angico (Mona) − unidade de conservação gerida pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, está localizado no município de Poço Redondo, sertão de Sergipe. Desde a sua criação, a unidade recebe visitantes de várias partes do Brasil e do exterior, para a realização de estudos e pesquisas científicas. Além de abrigar o local da história do Cangaço, representa a única unidade de conservação estadual do bioma caatinga.
Redação redeGN Foto Ilustrativa
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